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São Paulo vai fazer testes rápidos de covid para diferenciar casos de gripe

Após surto no Rio de Janeiro, São Paulo registra alta no número de casos de gripe - iStock
Após surto no Rio de Janeiro, São Paulo registra alta no número de casos de gripe Imagem: iStock

Leon Ferrari

Em São Paulo

15/12/2021 11h53Atualizada em 15/12/2021 12h00

Com um aumento no número de pacientes com síndrome gripal, a cidade de São Paulo vai realizar testes rápidos de antígeno nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), nas AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), nos PAs (Prontos Atendimentos) e nos prontos-socorros, para identificar casos positivos de covid-19.

Segundo a Prefeitura de São Paulo, a medida dará agilidade aos diagnósticos.

A Secretaria Municipal de Saúde disse que, em novembro, atendeu 111.949 pessoas com sintomas gripais, mais de 56 mil delas com suspeita de covid-19.

Só na primeira quinzena deste mês, os atendimentos subiram significativamente. Nessas duas primeiras semanas, os números foram de 91.882 e 45.325, respectivamente.

Com o crescimento dos casos de gripe causados pelo vírus influenza e com os diagnósticos da variante ômicron na capital, a secretaria monitora o cenário epidemiológico. Enquanto isso, a pasta orienta a manutenção da "etiqueta respiratória".

Medidas como distanciamento de um metro entre as pessoas, cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar e lavar as mãos imediatamente após contato com secreções respiratórias são importantes para a prevenção tanto da gripe como do novo coronavírus.

Teste rápido de antígeno

A opção de oferecer testes rápidos de antígeno nas unidades de saúde capital se dá pela agilidade dos resultados, justifica o órgão.

No âmbito privado, por exemplo, o diagnóstico fica disponível em até duas horas. Além disso, apresenta custos relativamente mais baixos.

No entanto, a sensibilidade desse tipo de teste é relativamente menor do que a do RT-PCR, considerado o "padrão ouro".

É estimado que, para o de antígeno, a sensibilidade geral fique entre 74% e 85%. Quando usada na primeira semana de sintomas, pode chegar a 90%.

Por isso, o método é indicado para pacientes já na fase sintomática da doença. A coleta de amostras se dá por swab via nasal.

Monitoramento

A secretaria informou que "segue monitorando o cenário epidemiológico das doenças virais no município, entre elas o vírus influenza".

A vigilância se dá por meio de amostras de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e em casos de síndrome gripal.

As amostras de secreção nasal dos pacientes são analisadas pelo Laboratório de Saúde Pública do Instituto Adolfo Lutz, que diz se o caso é de influenza e qual é a linhagem do vírus.

Segundo o órgão, só a identificação das cepas virais circulantes permite avaliar o comportamento do vírus da gripe na cidade e subsidiar ações públicas de contenção.

A influenza sazonal, de acordo com a secretaria, é uma doença infecciosa febril aguda com maior risco de complicações em alguns grupos vulneráveis. A doença pode evoluir para a SRAG e também levar a óbito.

Em 2021, a capital paulista notificou 119.873 casos de SRAG com necessidade de hospitalização. Do total, 205 (0,2%) foram provocados pelo vírus influenza.