São Paulo vai fazer testes rápidos de covid para diferenciar casos de gripe
Com um aumento no número de pacientes com síndrome gripal, a cidade de São Paulo vai realizar testes rápidos de antígeno nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), nas AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), nos PAs (Prontos Atendimentos) e nos prontos-socorros, para identificar casos positivos de covid-19.
Segundo a Prefeitura de São Paulo, a medida dará agilidade aos diagnósticos.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que, em novembro, atendeu 111.949 pessoas com sintomas gripais, mais de 56 mil delas com suspeita de covid-19.
Só na primeira quinzena deste mês, os atendimentos subiram significativamente. Nessas duas primeiras semanas, os números foram de 91.882 e 45.325, respectivamente.
Com o crescimento dos casos de gripe causados pelo vírus influenza e com os diagnósticos da variante ômicron na capital, a secretaria monitora o cenário epidemiológico. Enquanto isso, a pasta orienta a manutenção da "etiqueta respiratória".
Medidas como distanciamento de um metro entre as pessoas, cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar e lavar as mãos imediatamente após contato com secreções respiratórias são importantes para a prevenção tanto da gripe como do novo coronavírus.
Teste rápido de antígeno
A opção de oferecer testes rápidos de antígeno nas unidades de saúde capital se dá pela agilidade dos resultados, justifica o órgão.
No âmbito privado, por exemplo, o diagnóstico fica disponível em até duas horas. Além disso, apresenta custos relativamente mais baixos.
No entanto, a sensibilidade desse tipo de teste é relativamente menor do que a do RT-PCR, considerado o "padrão ouro".
É estimado que, para o de antígeno, a sensibilidade geral fique entre 74% e 85%. Quando usada na primeira semana de sintomas, pode chegar a 90%.
Por isso, o método é indicado para pacientes já na fase sintomática da doença. A coleta de amostras se dá por swab via nasal.
Monitoramento
A secretaria informou que "segue monitorando o cenário epidemiológico das doenças virais no município, entre elas o vírus influenza".
A vigilância se dá por meio de amostras de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e em casos de síndrome gripal.
As amostras de secreção nasal dos pacientes são analisadas pelo Laboratório de Saúde Pública do Instituto Adolfo Lutz, que diz se o caso é de influenza e qual é a linhagem do vírus.
Segundo o órgão, só a identificação das cepas virais circulantes permite avaliar o comportamento do vírus da gripe na cidade e subsidiar ações públicas de contenção.
A influenza sazonal, de acordo com a secretaria, é uma doença infecciosa febril aguda com maior risco de complicações em alguns grupos vulneráveis. A doença pode evoluir para a SRAG e também levar a óbito.
Em 2021, a capital paulista notificou 119.873 casos de SRAG com necessidade de hospitalização. Do total, 205 (0,2%) foram provocados pelo vírus influenza.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.