Em Salvador, médicos oferecem bolo em protesto
Aderindo ao movimento nacional, médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Salvador se juntaram na manhã de hoje a profissionais de outras categorias como policiais civis e professores, que também cruzaram os braços para protestar. O movimento aconteceu em frente a um dos maiores shopping centers da capital baiana, na Avenida Tancredo Neves. Os médicos suspenderam o atendimento nos ambulatórios e as cirurgias eletivas da rede pública, mas as emergências funcionaram.
Eles levaram carro de som, bandeiras e apitos, além de um bolo de 10 metros de comprimento com a inscrição: "R$ 13 bi cresceu tem que dividir", em referência à estimativa de elevação na arrecadação tributária do Estado este ano, que foi repartido com a população.
A categoria reivindicou melhores condições do SUS e do serviço médico no País. Também pela manhã, os profissionais de saúde se reuniram no Centro de Referência José Maria de Magalhães Neto. "Queremos que a população conheça a situação do SUS, que sofre com problemas gerenciais e escassez de recursos", criticou o vice-presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed), Francisco Magalhães.
Segundo José Caires, presidente do (Sindimed), atualmente, na Bahia, o salário base do médico é de R$ 723,81, mais gratificação, alcançando R$ 2,3 mil. O movimento teria atingido ainda cerca de 300 clínicas na capital, conveniadas ao SUS, que também amanheceram fechadas. Elas totalizam o atendimento em cerca de 40 mil pacientes por dia.
No final da tarde de hoje, por meio de nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que de todas as unidades da sua rede, apenas o Centro de Referência Estadual de Atenção a Saúde do Idoso (CREASI) teve o atendimento à população comprometido devido à ausência de quatro profissionais. "Conforme levantamento realizado em todas as unidades, o atendimento foi considerado normal, não havendo nenhuma redução na capacidade de assistência", informou o órgão.
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