Ansioso, estressado, feliz: 5 comportamentos que revelam o que cães sentem

Os cães não falam, mas seus movimentos e atitudes comunicam o que sentem. Por isso, decifrar as variações do comportamento do animal é importante, seja para tranquilizar o cão ou até saber a hora de parar uma brincadeira de que ele não está gostando.

Sinais universais

De modo geral, os cachorros reagem às sensações e estímulos segundo um padrão. Mas algumas raças podem apresentar variações deste "alfabeto" por conta de características físicas específicas, como é o caso dos animais com orelhas muito compridas (beagle e Cocker, por exemplo).

"Esses traços mascaram e dificultam a expressão corporal. Não só as pessoas, mas também outros cães, podem ter dificuldade para 'ler' os comportamentos desses animais", afirma Ricardo Tamborini, adestrador e especialista em comportamento canino.

Alguns dos comportamentos mais comuns

Cão feliz

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Imagem: Getty Images/iStockphoto

Para saber o que seu cãozinho quer dizer, basta observá-lo com atenção. De modo geral, quando estão felizes, os cachorros tendem a "sorrir" com a boca aberta e relaxada. O olhar é calmo e o rabo costuma balançar. As orelhas também ficam relaxadas, exceto nos animais que possuem orelhas em pé permanentemente.

Cão ansioso

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Os cães não costumam esconder quando estão ansiosos, emitindo sinais claros como se lamber ou coçar excessivamente, tremer sem motivo aparente e/ou latir sem propósito claro.

O adestrador Ricardo Tamborini alerta que um erro comum é associar uma eventual tremedeira, de forma simplista, ao medo ou ao frio.

"Não podemos esquecer que os cães tremem por ansiedade. No pico, os batimentos cardíacos se elevam aumentando o bombeamento do sangue, que acarreta maior irrigação nos vasos musculares e desencadeia certo enrijecimento muscular, causando tremores", diz.

Outro comportamento que indica ansiedade — e que costuma tirar os donos do sério — é a compulsão por roer ou destruir brinquedos e objetos da casa.

Cão agressivo

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Olhar fixo, boca fechada, corpo imóvel e, às vezes, em posição de ataque. Este é o modelo base da agressividade, diz o zootecnista Renato Zanetti. Nesses momentos, os animais tendem a rosnar, a manter as orelhas para cima ou bem apontadas para trás (em sinal de alerta) e a cauda erguida e rígida.

Cão estressado

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Quando o cão insiste em ficar escondido em algum lugar ou muda hábitos bruscamente (por exemplo, começa a fazer xixi fora do local), o tutor precisa ficar atento porque esses comportamentos são indicadores de estresse.

O animal estressado pode também evitar contato próximo com as pessoas, desviar o olhar e caminhar com o corpo arqueado, a cabeça abaixada e o rabo entre as pernas. Se o bicho chega a rejeitar os petiscos que normalmente adora, o grau de estresse deve estar elevado.

"As causas para tamanho desconforto podem ir do medo à dor decorrente de alguma enfermidade", afirma a veterinária Juliana Packness de Almeida. Porém, é comum que o estresse por doença venha acompanhado de outros sinais como secreção nos olhos e no focinho, fezes pastosas ou líquidas (muitas vezes com sangue), falta de apetite e prostração.

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Volta em torno de si antes de deitar

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O comportamento é uma herança ancestral do lobo, motivado pela necessidade de sentir a direção do vento e dessa forma se proteger dos inimigos. A ideia é deitar de costas para o vento e se posicionar de frente para o inimigo, pronto para a defesa.

*Com informações de reportagem publicada em 18/04/2016

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