Dani Bolina, Penélope Nova e especialistas revelam cuidados com as tatuagens no verão
O casal de modelos Dani Bolina e Mateus Verdelho soma junto mais de 60 tatuagens. Enquanto ela prefere os desenhos pretos e sombreados – como a flor que cobre todo o ombro direito – ele coleciona as chamadas “old school tattoos”, que são ilustrações inspiradas nos temas náuticos, bem coloridas.
“Na praia o Mateus sempre pega no meu pé porque esqueço de passar protetor nas tatuagens”, conta Dani. “Meus desenhos são escuros, podem desbotar mais rápido. Ou pior, ficarem esverdeados!”
A preocupação da dupla faz todo o sentido. Verão e tatuagem nunca foram uma boa combinação, alertam os especialistas.
“Durante a exposição ao sol o corpo produz melanina, que é um pigmento natural que ‘compete’, digamos assim, com a cor da tatuagem”, explica Carolina Marçon, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). “Com a radiação, não tem jeito: os componentes da tinta depositada na pele podem escurecer ou amarelar”, completa.
Para amenizar o problema, a dermatologista indica não apenas o uso do filtro solar, mas do protetor físico mineral – conhecido popularmente como “bloqueador”.
“Mas nem todos os bloqueadores disponíveis no mercado são eficientes. Antes de comprar, vale verificar se na fórmula há óxido de zinco e dióxido de titânio”, aconselha Carolina. “São essas substâncias que oferecem maior proteção contra os raios solares”.
À flor da pele
A apresentadora Penélope Nova, dona de 24 tatuagens
Ratos de praia x tatuagem
Dona de 24 tatuagens que cobrem os braços e descem pela barriga e pernas, a apresentadora Penélope Nova é da turma que procura os produtos com os fatores solares mais altos para preservar os desenhos.
“Minha preocupação não se restringe somente aos dias de praia. No verão, fico de protetor o tempo todo”, conta. “Até para dirigir passo o filtro nos braços”.
Penélope defende que os dias quentes não devem ser os escolhidos para se fazer uma tatuagem. “Quem é rato de praia só vai sofrer se fizer o desenho no verão. Tatuagem nova deve ficar bem longe do sol, não há outra opção”.
Conselho que o tatuador Luís Berbert, do estúdio carioca Banzai Tattoo, costuma dar aos clientes novatos. “A tatuagem é como um ferimento aberto na pele. Então, durante o processo de cicatrização, não é recomendado expô-la aos ambientes com bactérias, como areia e mar, ou ao cloro de piscinas”.
Átila Soares, tatuador do estúdio Led’s, de São Paulo, completa a lista de recomendações com o alerta. “O pior inimigo da tatuagem é o sol. Um desenho na pele é fácil de se escurecer. Mas clarear um desenho que foi escurecido pelo sol é missão impossível para qualquer tatuador”.
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