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Tipo de malária comum na África apresenta resistência a medicamentos, diz estudo

Renata Giraldi

Da Agência Brasil, em Brasília

27/04/2012 08h24

Um estudo, divulgado na publicação de saúde Malaria Journal, mostra que o mosquito transmissor da malária na África apresenta, em testes de laboratório, resistência a medicamentos fortes disponíveis. O alerta dos especialistas é que há ameaças de perda de eficácia dos tratamentos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 655 mil pessoas morreram em 2010 por malária, que é a quinta principal causa de morte nos países subdesenvolvidos.

Especialistas britânicos observaram que o parasita Plasmodium falciparum resiste ao arteméter (medicamento utilizado no combate à malária). Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 28 pacientes contaminados. Em 11 casos, houve resistência ao medicamento.

Os pacientes examinados contraíram a doença durante viagem a países africanos. A região que mais sofre com a malária é a África Subsaariana. Para os pesquisadores, a resistência ao tratamento foi causada por mutações genéticas no parasita, transmitido por picadas de mosquitos infectados.

O parasita Plasmodium falciparum é responsável por 90% das mortes por malária. Na África Subsaariana, ocorrem 90% das mortes por malária ocorridas anualmente em todo o mundo. Em Moçambique na última quinta-feira (26), foi localizado o corpo do brasileiro Marcelo Tosin Furlanneto, de 23 anos, em Lamego, na província de Sofala, na região central do país.

A suspeita, segundo os investigadores, é que Furlanneto tenha morrido em decorrência de complicações causadas pela malária. De acordo com amigos do brasileiro, ele se queixou de dores de cabeça nos dias anteriores à sua morte. O corpo dele deve ser transportado neste sábado (28) para o Brasil.