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Padilha irá à abertura da fase de acolhimento aos médicos estrangeiros

Do UOL, em São Paulo

26/08/2013 10h16

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participará da abertura, nesta segunda-feira (26), às 10h30, do módulo de "acolhimento e avaliação" dos profissionais estrangeiros brasileiros formados no exterior inscritos no programa Mais Médicos.  

Os profissionais habilitados no exterior começaram a chegar para o Mais Médicos na sexta-feira (23) em Brasília e outras sete capitais. Os médicos terão seus conhecimentos em saúde pública brasileira e língua portuguesa avaliados pelo período de três semanas.  Os aprovados receberão o registro profissional provisório e poderão começar a atender a população nos municípios para os quais foram designados.

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  • http://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/06/24/voce-e-a-favor-da-contratacao-de-medicos-estrangeiros-para-atuar-em-areas-carentes.js

 

Ainda está prevista para os próximos dias a chegado ao Brasil, nesta primeira fase, 244 profissionais formados no exterior, sendo 99 de nacionalidade brasileira e 145 estrangeiros. Além deles, mais de 300 dos 4.000 médicos cubanos que o governo contratou por meio de convênio com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) já chegaram ao país.

Entenda a proposta do governo

  • Arte/UOL

    Governo Federal quer atrair médicos para as periferias e interior do país

Como será

"Antes de exercer sua atividade, eles vão passar três semanas com professores de universidades públicas fazendo um curso intensivo, quase como internato, vendo como é o nosso sistema de saúde, conhecendo a realidade brasileira e tendo a oportunidade de serem avaliados naquilo que consideramos importante, no trato com as pessoas, não é uma avaliação puramente escrita", disse o secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Fernando Menezes.

Durante esse período, os médicos participação de aulas expositivas, oficinas e simulação de consultas e de casos complexos. Os profissionais também farão visitas técnicas aos serviços de saúde. Nas aulas, serão abordados temas como legislação, funcionamento e atribuições do SUS, doenças prevalentes e aspectos éticos e legais da prática médica.

Veja argumentos a favor e contra o programa Mais Médicos

PRÓSCONTRAS
O programa vai aumentar o número absoluto de médicos em atuação no Brasil (hoje há 1,8 profissionais para cada 1.000 habitantes). Na Argentina, esse índice é 3,2; em Portugal, 3,9 e na Espanha, 4)Sem o Revalida, o médico estrangeiro poderá colocar a vida do paciente em risco, já que sua capacidade não foi testada adequadamente. Eventuais defasagens no currículo não podem ser supridas em apenas três semanas (período de treinamento para os estrangeiros)
Vai levar médicos para áreas onde há carência desses profissionais (em certos Estados há só 0,58 profissionais por habitante, como no Maranhão)Dificuldades com a língua portuguesa podem trazer problemas de comunicação entre o médico e o paciente
Permite melhorar o conhecimento dos profissionais em atenção básica e saúde pública, áreas nas quais os recém-formados não costumam ter interesse em atuarO programa não resolve a questão da falta de infraestrutura, nem a falta de outros profissionais importantes para o atendimento à população, como fisioterapeutas, dentistas, enfermeiros, nutricionistas etc
O programa vai melhorar o atendimento à população indígena que vive em regiões distantes e carentes onde os médicos não chegamOs estrangeiros podem não ter conhecimento suficiente sobre as doenças tropicais que assolam o país, como a dengue
Os empregos dos médicos brasileiros não estão ameaçados, porque os estrangeiros só atuarão em locais pré-determinados. Se eles fizessem o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira), aí sim poderiam atender em todo o paísOs estrangeiros podem não ter conhecimento suficiente de certos medicamentos e equipamentos utilizados no país
O programa deve suprir uma demanda imediata e agilizar a regularização do sistema de saúde, dado o longo tempo de formação de novos médicosOs médicos inscritos no programa têm vínculo empregatício precário: não têm 13º salário, não recebem horas extras nem FGTS
Ainda que o foco do programa não seja a infraestrutura, extremamente precária em certas regiões, a população terá acesso ao médicoCom o acordo para a vinda de médicos de Cuba, o governo está sendo conivente com um esquema de trabalho que é alvo de críticas: os profissionais recebem apenas parte da bolsa