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Saúde do RJ esclarece que pacientes não foram infectados por superbactérias

Do UOL, em São Paulo

17/09/2013 15h31Atualizada em 18/09/2013 12h50

Após a divulgação dos primeiros casos de contaminação por superbactérias no Rio de Janeiro, a Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde divulgou uma nota esclarecendo que nenhum dos três pacientes detectados com a bactéria foi infectado até este momento.

A bactéria - que tem o primeiro registro de entrada no Brasil no Rio Grande do Sul este ano -  foi detectada em pacientes na forma colonizada (a pessoa é portadora da bactéria, mas não a desenvolve), e não nas unidades de saúde. A nota informa que nenhum dos três pacientes que foram internados por outros motivos apresentaram qualquer sinal ou sintoma de doença por conta da bactéria.

Trata-se de um tipo de bactéria com a enzima produzida pelo gene NDM-1, New Delhi metallobetalactamase, que anula os efeitos de antibióticos, inclusive aqueles que são mais utilizados para combater infecções por micro-organismos multirresistentes. 

Rastreamento

A Vigilância estadual, em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância em Saúde), está rastreando todas as unidades por onde passaram estes três pacientes. Além do Hemorio, instituição de referência para tratamento de pacientes com doenças do sangue, houve rastreio da bactéria multirresistente em pacientes nas cidades de Campos dos Goytacazes e Duque de Caxias.

As datas de confirmação da bactéria nos pacientes pelo rastreio feito pela Secretaria de Estado de Saúde são: 12/08 (Rio de Janeiro), 20/08 (Campos) e 10/09 (Duque de Caxias). A paciente do Hemorio já recebeu alta da doença que a levou à unidade", afirma a nota.

Rastreio de bactérias

A Comissão Estadual de Controle de Infecção Hospitalar esclarece que o rastreio de bactérias é um procedimento padrão adotado em todas as unidades de saúde e acompanhado de perto pela Secretaria de Estado de Saúde para a adoção de medidas de controle.

Medidas de controle

Em casos como este, o paciente fica isolado com precaução de contato. A Superintendência de Vigilância esclarece que não há registros de óbito, nem doenças ocasionados pela bactéria até o momento.

A Superintendência ainda informa que não há recomendação para transferência de pacientes da unidade nem de suspensão de internação de novos pacientes.

Doação de sangue 

Já a direção do Hemorio esclareceu que as internações na ala hospitalar do Instituto não estão suspensas e que todas as medidas de controle já foram tomadas. Importante ressaltar a detecção de paciente com a bactéria aconteceu no hospital e não no centro de doação de sangue.

O banco de sangue e o serviço de assistência do Hemorio são estruturalmente separados, não tendo nenhuma ligação. O doador deve continuar a doar normalmente.

O Hemorio é responsável pelo abastecimento de sangue e derivados de quase 200 unidades de saúde, entre elas, as grandes emergências, maternidades e UTIs. A garantia de estoques de sangue depende da doação da população.

A nota termina informando que os endereços e horários de funcionamento dos postos podem ser obtidos pro meio do Disque Sangue (0800 282 0708) que também esclarece outras dúvidas e agenda doações com hora marcada.