Mulher que chegou a 24 kg por causa de anorexia é transferida ao HC-SP
![Aline Costa fez questão de levar a almofada com palavras de apoio que recebeu da filha, de 12 anos - Wagner Carvalho/UOL](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2013/10/25/aline-costa-34-anos-conseguiu-uma-vaga-no-hospital-das-clinicas-de-sao-paulo-apos-a-familia-divulgar-o-caso-a-imprensa-vitima-de-anorexia-ela-chegou-a-pesar-24-kg-moradora-de-bauru-ela-estava-1382723651718_615x470.jpg)
Uma moradora de Bauru (SP) que chegou a pesar 24 kg por sofrer de anorexia foi transferida nesta sexta-feira (25) para o Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo. A vaga foi conseguida após a família ter divulgado o caso à imprensa com um pedido de ajuda. Ela estava internada na Santa Casa de Piratininga, cidade vizinha à Bauru.
O caso de Aline Costa, 34 anos, apresentado em reportagem do UOL, foi levado ao programa Mais Você, da apresentadora Ana Maria Braga. Na ocasião, a apresentadora convidou o psiquiatra Fábio Salzano, do HC-SP, para falar sobre os riscos da anorexia. Jaqueline Passionato, prima de Aline, decidiu procurá-lo.
CONHEÇA OS SINAIS DA ANOREXIA
Para ser diagnosticada com anorexia, uma pessoa deve: |
- Ter medo enorme de ganhar peso ou ficar gorda, mesmo quando estiver abaixo do peso normal |
- Recusar-se a manter o peso no que é considerado normal ou aceitável para sua idade e altura (15% ou mais abaixo do peso normal) |
- Ter uma imagem corporal muito distorcida, ser muito focada no peso ou na forma corporal e se recusar a admitir a gravidade da perda de peso |
- Não ter menstruado por três ou mais ciclos (em mulheres) |
“Liguei para a secretária do doutor Fábio Salzano e, após contar a situação da Aline e eles reconhecerem a gravidade do caso, os trâmites para a internação dela foram acelerados e uma vaga surgiu para ela no HC”, conta Passionato. O hospital possui um setor de internação especializado no atendimento de transtornos alimentares como a anorexia.
A mãe de Aline, Terezinha Costa, viajou com a filha na madrugada desta sexta-feira e falou no início da tarde com a reportagem do UOL: “Ela ficará até terça-feira sendo assistida por profissionais residentes e pela equipe do HC, já que os médicos estão todos em um congresso e retornam somente na terça”.
Aline passou por uma avaliação detalhada para conseguir o tratamento. “Nada sobre os resultados dos exames foi revelado para Aline, nem mesmo para a família. Para uma pessoa com esse tipo de distúrbio, saber que ela está ganhando peso pode atrapalhar na evolução do tratamento”, conta a prima.
Feliz por conseguir o tratamento, a mãe de Aline agora terá que se organizar à nova rotina, já que não é possível ficar no hospital como acompanhante da filha. “Vou precisar viajar sempre de Bauru até são Paulo - fui avisada aqui que haverá diversas reuniões dos médicos com a família. O problema está em conseguir um emprego que permita tantas ausências”, explica.
Terezinha deixou o trabalho em Teresópolis (RJ) para cuidar da filha em Bauru, mas as economias já estão no fim. “Apesar de todos os problemas, estou muito feliz. Conseguimos nessa união de forças o tratamento de que a Aline precisava, e isso é tudo o que eu pedi”, afirma.
A mãe exaltou o trabalho da psiquiatra Vanessa Gimenes, que foi quem conseguiu a vaga para Aline na Santa Casa de Piratininga. “Sem esse primeiro tratamento, minha filha já poderia estar morta”, reconhece. A mãe agradeceu ainda o atendimento recebido no local. “Minha filha eu fizemos grandes amigos lá, só temos a agradecer”, completa.
Recaída
Há cerca de um ano, Aline sofreu uma recaída da anorexia, doença que quase a levou à morte quando adolescente. Na época, com 13 anos, a jovem com excesso de peso era vítima de bullying e deixara de se alimentar porque era tratada com desprezo pelas colegas de colégio.
A recaída, já na idade adulta, ocorreu logo depois de Aline perder o emprego. Ela passou a se alimentar somente com água e isotônico e chegou a pesar 24 kg, quando o ideal para uma mulher de sua idade e com altura de 1,56 m é 54 kg.
Quem buscou ajuda para Aline foi sua filha, de apenas 12 anos. Em Bauru, a jovem teve o tratamento negado em diversas instituições, mas, após ver fotos da jovem, a psiquiatra conseguiu uma vaga na Santa Casa e, ainda, a ajuda voluntária de uma psicóloga e de uma nutricionista.
No início do tratamento o Índice de Massa Corporal (IMC) dela era de 11, quando o mínimo recomendável é de 18,5. Pela última medição a que a família teve acesso, Aline estava com 35 kg.
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