Problema em glândula pode ser causa da perda de libido
Quando um homem tem problemas de ereção, mas não de libido, ele sai em busca de ajuda para resolver seu problema. Mas quando o problema é o desejo diminuído, o mais provável é que ele culpe o excesso de trabalho, o estresse e a falta de sono. Ou que procure algum médico menos informado que, ao constatar uma queda no nível de testosterona pelo exame de sangue, logo prescreva a reposição hormonal sem investigar melhor a origem da alteração.
O aumento da prolactina, hormônio produzido por uma glândula na base do crânio que se chama hipófise e que faz a mulher amamentar, pode ser a causa da perda de libido em mulheres e homens. Pouco frequente - afeta cerca de 400 a cada 100 mil pessoas, o problema nem sempre é considerado pelos profissionais que recebem queixas de diminuição do desejo sexual.
"Para a mulher, o aumento da prolactina leva à interrupção da menstruação, então é mais fácil suspeitar", explica a endocrinologista Nina Musolino, médica-supervisora do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). Já nos homens, o problema gera a redução na testosterona, levando a falta de desejo e ereção prejudicada, sintomas que são facilmente atribuídos ao estresse ou cansaço. A hiperprolactinemia também pode afetar a fertilidade - é a resposta para até 5% dos homens que não conseguem ter filhos.
Causas
Entre as causas mais comuns do excesso de prolactina está o uso de alguns medicamentos como antipsicóticos, antiácidos, antieméticos (remédios para enjoo) e anti-hipertensivos. Hipotireoidismo e insuficiência renal e hepática, além de lesões traumáticas na região mamária e tumores na região da hipófise também podem ter como efeito a elevação do hormônio. Entre estes, os mais comuns são os prolactinomas, tumores benignos na glândula que produzem hormônio.
O tratamento do prolactinoma é com remédios, que também reequilibram a produção de testosterona. Já em outros tipos de tumor na hipófise, pode haver necessidade de cirurgia. "Às vezes esses tumores só são diagnosticados quando crescem e comprimem o nervo óptico, afetando a visão", explica Musolino. Por isso, investigar melhor uma queda nos níveis de testosterona é importante, sugere a médica.
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