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Ban Ki-moon alerta que surto de ebola mata mais de 200 pessoas por dia

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon: ebola afeta principalmente mulheres - Andrew Burton/Getty Images/AFP
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon: ebola afeta principalmente mulheres Imagem: Andrew Burton/Getty Images/AFP

Edgard Junior

Da Rádio ONU, em Nova York

25/09/2014 18h11

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou esta quinta-feira (25) que o surto de ebola mata mais de 200 pessoas por dia, a maioria mulheres,  na África Ocidental. Os países mais atingidos são Guiné, Libéria e Serra Leoa.

O novo relatório da Organização Mundial da Saúde mostra que o número de casos atingiu 6263 e o de mortes subiu para 2917.

Surto

A reunião de alto nível realizada na sede das Nações Unidas em Nova York, contou com a participação do presidente americano Barack Obama.

Ban disse que este está sendo o surto mais mortal da doença já visto no mundo, apesar dos esforços dos países atingidos e da comunidade internacional.

O chefe da ONU afirmou que muitos estão tentando evitar a propagação do vírus fechando suas fronteiras. Ele explicou que várias companhias aéreas pararam de voar para três países e o número de navios em seus portos também diminuiu.

Segundo ele, essas decisões pioram ainda mais a situação, isolando os países quando eles mais precisam de ajuda.

Citando alguns avanços, Ban disse que em alguns centros de tratamento os pacientes estão recebendo os cuidados necessários.

Trabalhadores de Saúde

O chefe da ONU prestou homenagem aos trabalhadores de saúde que estão na região. Mais de 300 morreram até agora expostos ao vírus.

Ban disse que as Nações Unidas estão mobilizadas para ajudar no combate ao ebola. Ele afirmou que agora é a hora de um esforço robusto e conjunto para parar o surto.

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, afirmou que todos já viram as imagens da região atingida pelo vírus.

A chefe da OMS disse que pessoas doentes estão sendo impedidas de entrar em alguns centros de tratamento porque eles estão superlotados. Chan disse que em certas áreas não há nenhum serviço para atender os doentes.

Segundo ela, não há como construir novos postos de tratamento tão rápido.

Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a doença é horrível e que "numa área em que crises regionais podem rapidamente se tornar ameaças globais, deter o ebola é do interesse de todos".

Obama disse que milhares de homens, mulheres e crianças já morreram e que milhares estão contaminados.

Segundo o líder americano, se nada for feito, o surto de ebola pode matar centenas de milhares de pessoas nos próximos meses.