Banco Mundial lança iniciativa de mais de R$ 1 bilhão para combater ebola
O Banco Mundial anunciou esta quarta-feira (5) uma iniciativa de US$ 450 milhões, o equivalente a mais de R$ 1,1 bilhão, para ajudar a combater os danos causados pelo ebola na África Ocidental
O dinheiro vai ser usado para impulsionar o comércio, o investimento e a geração de empregos nos países mais afetados pelo surto, que são: Libéria, Serra Leoa e Guiné.
Setor Privado
A Corporação Financeira Internacional, que faz parte do Banco Mundial e tem como meta fortalecer o setor privado, disse que US$ 250 milhões serão destinados a projetos de resposta à doença.
Segundo o IFC, pela sigla em inglês, outros US$ 200 milhões vão seguir para projetos de recuperação econômica da região.
O presidente do Banco, Jim Yong Kim, afirmou que o ebola é uma crise humanitária, mas também um desastre econômico.
Ele explicou que por isso, além da ajuda de emergência, a instituição fará o possível para dar assistência ao setor privado.
Estudo Pnud
Ainda esta quarta-feira, um estudo divulgado pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, informou que o surto de ebola está impedindo a capacidade dos países da África Ocidental de aumentar a receita.
Segundo o Pnud, isso pode deixá-los mais dependentes da ajuda externa. O diretor do escritório da agência para a África, Abdoulaye Mar Dieye, afirmou que a comunidade internacional deve impedir que a doença leve os países a um colapso socioeconômico.
Ele afirmou que os governos da Guiné, da Libéria e de Serra Leoa registraram um déficit de arrecadação de US$ 328 milhões, em comparação ao período antes da crise.
O estudo do Pnud diz que por causa do surto, as despesas dos governos aumentaram 30% e o déficit fiscal também está subindo nos três países.
Nos últimos seis meses, a renda familiar caiu 35% na Libéria, 30% em Serra Leoa e 13% na Guiné.
O documento cita queda de investimentos em infraestrutura, como também nos setores de mineração e agricultura. Nesse último caso, por exemplo, as exportações de frutas e vegetais da Guiné para os países vizinhos caíram 90%.
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