Em SP, vacinação de grávidas e crianças contra H1N1 começará em 11 de abril
A Secretaria de Estado da Saúde anunciou nesta terça-feira (29) que a vacina contra a gripe H1N1 será dada para grávidas, crianças e idosos a partir do dia 11 de abril na capital e na região metropolitana de São Paulo.
O governo antecipou o calendário de vacinação para estes três grupos de maior risco de infecção devido ao surto da doença que se espalhou pelo Estado. Serão distribuídas antes do previsto 2,991 milhões de doses na capital. As vacinas já foram enviadas pelo Ministério da Saúde.
Desde o dia 23 de março, 67 municípios da região de São José do Rio Preto começaram uma vacinação extra contra a gripe com doses que sobraram de 2015. No entanto, quem tomou a dose extra com imunizador do ano passado deverá tomar novamente a dose com a nova vacina, pois são diferentes.
Para a população de outras cidades do Estado, inclusive de público-alvo (como portadores de doenças crônicas, população prisional e índios), as vacinas serão distribuídas a partir da data prevista no calendário nacional de vacinação, dia 30 de abril.
Distribuição
O Ministério da Saúde informou que enviará 25,6 milhões de doses da vacina aos Estados a partir do dia 1º de abril. Dessas, 9,9 milhões de doses ficarão na região Sudeste. Segundo a pasta, não houve alteração no processo de envio, é normal que a entrega ocorra um mês antes do calendário de vacinação começar.
Em Santa Catarina, o governo estadual informou que também irá antecipar a campanha de vacinação. A notícia foi divulgada após o registro da terceira morte por infecção do vírus H1N1. A aplicação estava prevista para o dia 30 de abril, mas com o agravamento do quadro deverá começar na próxima semana.
Efeito colateral
A antecipação traz um efeito colateral: os efeitos do imunizante se estendem pelo período de um ano. Isso significa que, quanto mais cedo a vacina for usada, mais cedo a pessoa se tornará suscetível. "Temos consciência disso. Mas temos uma fogueira queimando. O incêndio tem de ser apagado agora", afirmou o coordenador do Controle de Doenças da Secretaria da Saúde de São Paulo, Marcos Boulos.
A vacina contra a gripe é produzida pelo Instituto Butantã, em São Paulo. De acordo com o Ministério da Saúde, essa é uma das razões para o governo paulista receber o imunizante antes de outros Estados. No caso do restante do país, o produto é enviado para Brasília, que se encarrega de fazer a distribuição. Ao todo, serão seis remessas do imunizante.
A gripe já atinge mais de 10 Estados
A H1N1 já atinge 11 Estados e o Distrito Federal, totalizando 305 casos no país até 19 de março, segundo o Ministério da Saúde. Neste período, pelo menos 46 pessoas morreram em decorrência da doença. A maior parte dos doentes está no Estado de São Paulo.
O total de casos e mortes no primeiro trimestre de 2016 já é maior do que todos os infectados e mortos pelo H1N1 em 2015, quando 141 pessoas tiveram a doença e 36 foram a óbito.
São Paulo tem o maior número de mortes (38 no Estado e oito na cidade de São Paulo), seguido por Bahia e Minas Gerais, cada um com dois óbitos; e Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Ceará, com um óbito cada.
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