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"Parecia 5 kg dentro de mim", diz mulher com tampão esquecido após parto

Erivaldo Veloso, marido de Thamara Macedo, mostra tampão esquecido no corpo da mulher após o parto - Arquivo pessoal
Erivaldo Veloso, marido de Thamara Macedo, mostra tampão esquecido no corpo da mulher após o parto Imagem: Arquivo pessoal

Fernando Cymbaluk

Do UOL, em São Paulo

21/02/2017 14h23

Um tampão do tamanho de uma fralda foi retirado da vagina de uma mulher após 20 dias do parto de seu filho em Teresina, no Piauí. O ex-jogador de futebol Erivaldo Veloso, marido de Thamara Macedo, publicou fotos do pedaço de pano no Facebook junto de um texto relatando o caso. A publicação já teve mais de mil compartilhamentos e dois mil comentários na rede social.

Thamara contou ao UOL que saiu da maternidade sentindo dores, mas que achava que elas eram normais, devido à cirurgia cesariana. O parto foi realizado no dia 28 de janeiro na maternidade Evangelina Rosa, do governo do Estado. Contudo, as dores ficaram piores entre o 10º e o 15º dia. "Sentia uma moleza no corpo, dor no pescoço e nas costas, febre e calafrios", conta Thamara.

A preparadora física Thamara Macedo, de 26 anos - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
A preparadora física Thamara Macedo, 26, diz que precisou tomar antibióticos para evitar infecções
Imagem: Arquivo Pessoal

Na última sexta-feira (17), Thamara sentiu a presença de algo dentro de sua vagina. "Na hora do banho, senti uma coisa que tentei puxar e não consegui. Era algo com uma ponta dura", diz. O casal decidiu ir à maternidade Buenos Aires, ligada à Prefeitura de Teresina. A ginecologista que atendeu Thamara descobriu o tampão.

"Quando a médica viu, se assustou e disse que tinha que tirar. Como já tinha a ponta do tampão, ela só precisou puxar com as mãos", conta Thamara. "A retirada daquele negócio de dentro de mim foi um alívio, parecia que tinha perdido 5 quilos".

Thamara diz que precisou tomar antibióticos para evitar infecções, mas que está amamentando seu bebê normalmente. "Passei 21 dias com esse tampão dentro de mim, correndo o risco de pegar infecção. Poderia ter ido a óbito. Se eu tivesse morrido, meu filho estaria órfão", afirma. 

O casal diz que a maternidade Evangelina Rosa não entrou em contato com eles após o caso e que vão processar o poder público pelo ocorrido. Thamara não conhecia a equipe de médicos que realizou o parto. 

A reportagem do UOL entrou em contato com a maternidade Evangelina Rosa, que disse estar abrindo sindicância para apurar o caso.