Médico toca música para criança com câncer em hospital e vídeo viraliza
Um vídeo postado no Facebook no dia 14 de março pelo pediatra Paulo Martins, em que ele aparece tocando ukelele e cantando uma música para uma criança em tratamento de câncer no Hospital da Clínicas de Ribeirão Preto (SP), "quebrou a internet". A postagem, feita com a legenda "não há o que descrever, apenas sentir", registrou, até às 16h desta sexta-feira (24), mais de 92 mil visualizações, e mais de 1490 compartilhamentos.
O médico paraibano, formado pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), faz sua residência no Hospital das Clínicas da cidade do interior paulista e participa do projeto "Turma Sangue Bom", que, além de médicos do hospital, conta com voluntários, e realiza eventos em datas comemorativas no local.
Foi em uma dessas ocasiões que aconteceu a experiência com a pequena Sofia, de um ano e quatro meses, que tem histiocitose das células de Langerhans (LCH). Martins, como de praxe, cantava algumas músicas para adolescentes internados no hospital, quando algo fora do comum chamou sua atenção.
"Notei que enquanto eu entrava nos quartos e tocava as musicas, havia uma pequenina que me acompanhava dançando do lado de fora", escreveu o médico em sua conta do Facebook, em uma postagem em que contou os "bastidores" do vídeo. "Quando saí do último quarto, não teve jeito, ela estava na porta me esperando, me olhando curiosa".
Ela queria uma música
"Inicialmente, fiquei envergonhado, pois não sabia nenhuma música infantil. Mas o pai me acalmou: ‘ela gosta de Marília Mendonça’. Não teve jeito. Comecei a tocar, baixinho, e na medida que os acordes e a letra iam fluindo, seus passos mágicos foram me acompanhando", disse, em sua postagem no Facebook.
Ao postar o vídeo na rede social, o médico não esperava tamanha repercussão. Em entrevista ao UOL, Martins conta que recebeu muitas mensagens de mães que enfrentem a batalha do câncer com suas crianças e "sentiram uma energia positiva com o vídeo".
Ele conta que a música é um instrumento poderoso na recuperação de crianças e adolescentes.
"Às vezes, a gente esquece que aquilo é muito mais que uma simples doença, aquilo é um ser humano que se vê limitado pela patologia que vem apresentando", afirma o pediatra. E essa limitação, diz ele, acaba gerando um ciclo vicioso de pensamentos negativos. "E se você já tem uma condição que já lhe traz o sofrimento e ficar alimentando aquilo ali, vai virar um ciclo e te afundar mais ainda".
A música, então, mais que uma ferramenta terapêutica, "vem como um complemento à alma, à condição intrínseca do indivíduo".
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