Casos de sífilis predominam em testes para DSTs no carnaval de Salvador
Testes de DST's (doenças sexualmente transmissíveis) realizados ao longo do carnaval de Salvador encontraram mais de 200 pessoas infectadas com alguma doença. O maior número foi de diagnosticados com síflis (158 pessoas), seguido pelo de diagnosticados com HIV (28) e hepatites virais (16).
Até a noite de segunda-feira (12), foram realizados 5.088 testes rápidos em dois postos que integram o projeto Fique Sabendo. Segundo a Secom (Secretaria de Comunicação) soteropolitana, a maioria dos casos confirmados corresponde a foliões do sexo masculino. "É importante destacar que eles são os que mais realizaram exames: 33,3% a mais do que as mulheres", afirma em nota.
Os testes rápidos feitos com gota de sangue ou com saliva, a partir da qual a pessoa fica sabendo se está contaminado por alguma doença, costumam ser de triagem. Em casos positivos, o paciente é encaminhado para realizar o exame confirmatório em uma unidade de saúde.
De acordo com a prefeitura, quem foi diagnosticado com sífilis já inicia o tratamento no local de realização do teste, por meio da aplicação de penicilina. Já os usuários com sorologia positiva para outras DSTs são encaminhados para diagnóstico, exames e tratamento em unidades de referência, localizadas nos bairros da Liberdade e Dendezeiros.
Além dos postos de aplicação de testes, Salvador implementou como ação preventiva às DSTs, durante os eventos do Carnaval, a distribuição gratuita de preservativos em todos os circuitos da folia. Até este domingo, informou a Secom, mais de 1,2 milhão de camisinhas foram entregues aos foliões, tanto nas ruas quanto nos módulos de assistência à saúde.
Brasil teve alta de casos de sífilis
Os casos de sífilis adquirida em adultos tiveram aumento de 27,9% de 2015 para 2016 no Brasil. Entre as gestantes, o crescimento dos casos foi de 14,7%. As infecções por sífilis congênita (transmitida da mãe para o bebê) subiram 4,7%.
Segundo o Ministério da Saúde, as causas para o aumento da doença são o desabastecimento de penicilina, medicamento mais eficaz contra a doença, e o aumento dos diagnósticos, com a distribuição de testes rápidos na rede de saúde.
Apesar de essencial para o controle da transmissão da sífilis, a penicilina benzatina apresenta, desde 2014, um quadro de desabastecimento em diversos países devido à falta de matéria-prima para a produção. Em 2016, o Ministério da Saúde identificou uma epidemia de sífilis no país.
Segundo o ministério, apesar de a responsabilidade pela compra do medicamento ser de estados e municípios, em 2016, o governo brasileiro concentrou a aquisição em caráter emergencial para o tratamento de grávidas e seus parceiros.
A sífilis é causada por uma bactéria, o Treponema pallidum, que é transmitida pelo contato com a ferida na pele geralmente durante a relação sexual. A prevenção da síflis se dá principalmente com o uso de preservativos. A doença possui tratamento relativamente simples na fase primária, que consiste no uso de medicamento, principalmente a penicilina.
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