Bélgica confirma primeira morte causada pelo cigarro eletrônico
A Bélgica confirmou a primeira morte no país ligada ao cigarro eletrônico. Segundo autoridades, um jovem de 18 anos morreu devido a insuficiência respiratória causada pelo vaping e a mistura de produtos nocivos em um cigarro eletrônico.
"A conexão com o cigarro eletrônico está estabelecida. Não há neste paciente nenhuma outra explicação para uma pneumonia tão grave", declarou nesta quinta-feira a ministra da Saúde, Maggie De Block, questionada por deputados da Câmara.
EUA já registraram mais de 20 mortes
O cigarro eletrônico ganhou espaço no mercado estrangeiro ao ser apresentado ao público, pelos fabricantes, como opção menos tóxica do que o produto convencional. Mas, após uma série de mortes e questionamentos, o dispositivo, que é proibido no Brasil, passou a ser muito questionado.
Só nos Estados Unidos, até outubro deste ano pelo menos 26 pessoas morreram por doenças pulmonares associadas ao uso do cigarro eletrônico.
Os primeiros casos foram registrados em março e abril deste ano, mas somente a partir de julho é que as autoridades passaram a notar a relação entre o uso dos cigarros eletrônicos com o crescimento no número de atendimentos por problemas pulmonares.
O cigarro eletrônico contém um líquido que, quando aquecido, gera vapor a ser inalado. A maior parte dos pacientes (75%) comunicou o uso dos vaporizadores com um aromatizador que contém THC, o principal composto psicoativo presente na cannabis.
Um ou mais elementos que fazem parte dos aromatizadores são suspeitos de causar as doenças, mas os testes nos laboratórios ainda não determinaram quais deles.
Nesse contexto, os executivos da indústria do tabaco estão tentando evitar a proibição absoluta deste produto que foi considerado como o futuro do setor. O governo Trump quer proibir a partir de outubro todos os produtos, exceto os feitos apenas com tabaco.
(Com informações da AFP e EFE)
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