Coronavírus começa a recuar na China, mas avança no restante do mundo
Resumo da notícia
- Há dez dias, número de novos casos registrados pelo governo chinês é menor do que no restante do mundo
- No mesmo período, número de altas médicas supera o de internados
- Países em que epidemia está em fase inicial apresentam dados parecidos com os da China em meados de janeiro
Na China, a epidemia do covid-19, doença causada por um novo tipo de coronavírus, já dá fortes sinais de começar a retroceder: dia a dia, o número de casos vem caindo. Há mais de uma semana, o número de novas infecções fora do país é maior do que dentro do território.
Assim, a China deixou de ser o país com o maior número de novos casos: foram 130 na terça-feira (3), contra 1.792 fora dele, no relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Comparativo realizado pelo UOL ilustra a tendência de queda de novos casos dentro da China, contrastando com o aumento em outros territórios. No Brasil, nesta quinta (5), já há confirmação de oito casos.
Outro sinal de que a luta contra o vírus está dando resultados na China é o número de pessoas com alta médica, que há mais de dez dias supera o de internados. Contudo, mudanças nos critérios utilizados pelo Ministério da Saúde chinês para os diagnósticos despertaram cautela na comunidade científica por dificultar comparações entre os valores.
Os dados não indicam, contudo, que a epidemia esteja em curva descendente no país ou no planeta, e ainda é considerada de alto risco pela OMS.
Se comparada com as ocorrências em outros países, a China ainda tem de longe os maiores números de casos em aberto (27.405 contra 11.583) graves (6.416 contra 355) e de mortes (2.981 contra 222). Mas a proporção entre o número de novas mortes dentro e fora do país vem caindo.
Segundo dados divulgados ontem pela OMS, os números globais da epidemia são: 93.160 casos totais, incluindo 50.969 altas médicas, 3.203 mortos e 38.988 casos em abertos (32.217 moderados e 6.771 graves). Na China, mortos à parte, esses números são mais animadores: 49.884 altas médicas contra 27.405 casos em aberto.
O que é possível concluir é que, nos demais países, em que a epidemia ainda está numa fase mais inicial, os dados são parecidos com os da China em meados de janeiro, quando o país apresentava 9,2 mil casos em aberto e só 800 altas médicas.
Epidemiologistas de todo o mundo usam dados como esses para alimentar softwares construídos para tentar traçar a dinâmica dessa epidemia.
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