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Vídeo mostra danos causados nos pulmões de paciente com coronavírus; veja

Do UOL, em São Paulo

26/03/2020 18h14Atualizada em 27/03/2020 11h57

Um vídeo divulgado pelo Hospital da Universidade George Washington (GWUH, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, mostra os danos causados pelo novo coronavírus nos pulmões de um paciente de 59 anos. Ele estava assintomático poucos dias atrás e hoje respira com a ajuda de aparelhos, além de estar ligado a uma máquina que o ajuda na circulação e oxigenação do sangue.

Além de pressão alta, o homem não tinha nenhum outro problema de saúde. "Isso não é um paciente diabético e imunossuprimido de 70, 80 anos", disse à CNN o Dr. Keith Mortman, chefe de cirurgia torácica no GWUH. "Isso é um 'cara' que estava de boa e... Uma semana depois, há o risco de a infecção e o processo inflamatório [dos pulmões] piorarem", acrescentou.

As áreas esverdeadas que aparecem no vídeo representam as partes afetadas dos pulmões. É possível perceber que o dano não está concentrado em uma só área, cobrindo parte considerável de ambos os pulmões e provando como a covid-19 pode ser agressiva, mesmo em pacientes mais jovens. O homem de 59 anos, inclusive, está em "estado crítico", de acordo com o hospital.

"Nesses pacientes que apresentam insuficiência respiratória progressiva", explicou Mortman, "o dano aos pulmões é rápido e generalizado, como evidenciado no vídeo. Infelizmente, uma vez danificados nesse grau, os pulmões podem demorar muito para cicatrizar. Para 2 a 4% dos pacientes com coronavírus, o dano é irreversível, e eles sucumbem à doença."

A covid-19, afirmou o médico, é uma doença que atinge primeiro as mucosas e depois o pulmão, e a inflamação é a maneira utilizada pelo organismo para controlar isso. "[Mas] a inflamação impede que os pulmões de oxigenem o sangue corretamente. Isso faz com que o paciente fique ofegante ou inspire muito ar para tentar equilibrar os níveis de oxigênio de dióxido de carbono", continuou.

Mortman reforçou que o dano é irreversível em algumas pessoas e, portanto, é imperativo que a população respeite as orientações de distanciamento social e isolamento. "Quero que as pessoas vejam isso e entendam o que esse vírus pode fazer. As pessoas precisam levar a covid-19 a sério", pediu.