Witzel diz que gota d'água para intervenção foram carrinhos de anestesia
O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), disse na tarde de hoje que a gota d'água para a intervenção na administração de hospitais de campanha ocorreu depois de descobrir que respiradores que estavam sendo importados eram, na verdade, carrinhos de anestesia.
Witzel determinou que a Secretaria de Saúde assuma a gestão de sete hospitais de campanha que estavam sendo administrados pelo Iabas (Instituto de Atenção Básico à Saúde). O decreto foi publicado hoje no Diário Oficial do Estado.
A decisão foi motivada por atrasos nas obras e deficiência na gestão de hospitais de campanha. No decreto, o governo classifica a situação como "fatos graves".
"Dei a eles todas as oportunidades para que eles provassem que seus erros eram justificáveis. Mas a gota d'água foi saber que os respiradores que eles estavam importando não são respiradores, são carrinhos de anestesia, e não se prestam para a utilização nesses hospitais de campanha. A Fundação Estadual de Saúde assume para concluir as obras, operar o sistema e deixar um legado", disse ele, em vídeo publicado nas redes sociais.
"O Instituto Iabas está sendo afastado e determinei, através da Justiça, o bloqueio dos bens para ressarcir os prejuízos que tivemos", completou o governador.
Com uma verba de mais de R$ 830 milhões, todos os hospitais de campanha do estado deveriam ter sido entregues no final de abril. Entretanto, apenas a unidade do Maracanã está funcionando, e sem a capacidade máxima.
Com a intervenção, a administração dos sete hospitais de campanha será feita pela Fundação Estadual da Saúde. Além do Maracanã, estão em construção as unidades de São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu.
O decreto ainda prevê a rescisão do contrato com a organização social e a aplicação de eventuais sanções para "resguardar e ressarcir o patrimônio público".
Procurada, a Iabas ainda não se pronunciou sobre a decisão do governo estadual. Na última semana, a organização atribuiu o atraso nas obras à suspensão de pagamentos e à insegurança dos funcionários.
O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro já havia determinado que o poder executivo não realizasse, autorizasse ou permitisse qualquer pagamento relacionado ao contrato firmado com o instituto.
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