SP: estrutura de covid montada para pessoas em situação de rua será mantida
Resumo da notícia
- O inverno começa hoje e, associado à pandemia de covid-19, desperta preocupação em relação às pessoas em situação de rua
- O governo de São Paulo vai manter iniciativas criadas para enfrentar a doença como a gratuidade do Bom Prato e locais para higienização
- Também serão abertos 50 centros de acolhidas nas cidades com maior população em situação de rua; camas e colchões começaram a ser distribuídos
- Também houve mudança na Campanha do Agasalho, que vai aceitar somente cobertores novos para evitar a propagação do coronavírus
O inverno começa neste sábado e a preocupação com a população em situação de rua aumentou no governo de São Paulo por causa da covid-19. Por este motivo, iniciativas que foram criadas para o primeiro momento no enfrentamento da pandemia se tornarão permanentes durante toda a estação. Também serão abertos 50 centros de acolhida pelo estado, declarou a secretária estadual de Desenvolvimento Social Célia Parnes. "Estamos especialmente preocupados com pessoas em situação de rua por causa do inverno", afirmou a secretária.
Números revelados em uma apresentação do comitê de saúde durante entrevista coletiva de ontem no Palácio dos Bandeirantes mostraram um aumento da pandemia entre pessoas com vulnerabilidade —condição que inclui, além de pessoas em situação de rua, famílias com baixa renda, idosos, moradores de comunidades, pessoas com deficiência, indígenas, quilombolas, detentos e adolescentes infratores em internação.
Em março, esta população respondia por 18,4% das ocorrências da covid-19. Em maio fechou em 28,5%. A secretária de Desenvolvimento Social explica a maior preocupação com pessoas em situação de rua porque este é o grupo mais vulnerável de todos na sociedade.
Os centros que estão sendo montados para atendê-los terão capacidade para 20 pessoas cada um, totalizando mil vagas. Eles serão distribuídos nas cidades com maior população em situação de rua e os municípios contemplados receberão entre um e três estabelecimentos. A capital aparece como prioridade, seguida da Região Metropolitana de São Paulo e depois as maiores cidades do interior.
Os centros contarão com camas, mobiliário, colchões, roupas de cama, equipamentos de higiene e micro-ondas. As camas e os colchões estão sendo despachados do centro de logística da Secretaria de Desenvolvimento Social para as cidades que firmaram convênios.
Entre as estruturas que permanecerão funcionando, Célia citou a gratuidade do programa Bom Prato, ampliação dos jantares para os finais de semana e implementação de pias e locais para higienização. Uma mudança que chama a atenção é a alteração na tradicional Campanha do Agasalho, lançada em 1º de junho.
Por causa do coronavírus, houve severa restrição no que pode ser doado. A Secretaria de Desenvolvimento Social aceita somente cobertores novos em embalagens fechadas. Célia explicou que desta maneira a manipulação das peças evita a propagação da covid-19. Antes mesmo de a campanha começar, já haviam sido recebidos 60 mil cobertores novos. O número deve aumentar porque foram espalhados 40 mil pontos de coleta pelo estado.
Outra providência adotada para a covid-19 que vai permanecer é um serviço para pessoas em situação de rua tirarem seus documentos que funciona junto aos Cras (Centro de Referência de Assistência Social). Uma equipe trabalha para ajudar a descobrir onde foi feita a certidão de nascimento de cada indivíduo para que seja possível emitir CPF e RG.
Com estes documentos, as pessoas em situação de rua podiam dar entrada no pedido do benefício de R$ 600 que o governo federal concedeu. Agora, poderão usar para outros programas estatais.
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