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Brasil registra 748 novas mortes e total chega a 51.407, revela consórcio

Alex Tajra e Gabriela Sá Pessoa

Do UOL, em São Paulo

22/06/2020 19h09Atualizada em 22/06/2020 23h01

As secretarias estaduais de saúde confirmaram, nas últimas 24 horas, 748 novos óbitos em decorrência da covid-19, informa o consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte. O número é superior aos 654 informados no final da tarde pelo Ministério da Saúde. Com isso, o total de mortes oficialmente computadas como decorrentes do novo coronavírus é de 51.407, segundo os estados, e 51.271, segundo a pasta.

O consórcio de imprensa usa como base os boletins mais recentes de cada uma das secretarias estaduais de saúde, que, nas últimas 24 horas, registraram 24.358 novos casos, totalizando 1.111.348. Já o Ministério incluiu hoje em suas estatísticas 21.432 novos casos, o que chega a um total de 1.106.470.

Às segundas-feiras, devido aos plantões adotados pelas equipes que cuidam da atualização dos dados, os números tendem a ser menores que no restante da semana.

A pandemia nos estados

Embora tenham menos casos notificados do que o restante do país, estados do Centro-Oeste viram um crescimento proporcional maior de novos casos de covid-19 nos últimos dias. No país, esse índice foi de 24,65%.

Goiás foi de 10.294 para 17.019 casos, um crescimento de 65,33%; Mato Grosso, hoje tem 10.270 pessoas confirmadas com o coronavírus, número 60% maior do que o da semana anterior. Em terceiro lugar, o Paraná, no Sul, registrou aumento de 53,85% -- em 15 de junho tinha 9.716 casos e hoje tem 14.948. Mato Grosso do Sul registrou 51,82% casos a mais do que na segunda-feira passada.

Na última semana, o número de mortes confirmadas aumentou 16,52% em todo o país. O estado com o maior crescimento de óbitos, proporcionalmente, foi Mato Grosso. Lá, as mortes confirmadas aumentaram 76,68% --- foram de 223 para 394 óbitos desde a última segunda-feira (15).

Amazonas, um dos estados mais atingidos pela epidemia, registrou o menor percentual de novas mortes nos últimos sete dias: 6,33%. O estado antes tinha 2.512 mortos e, hoje, notificou 2.671 vítimas da covid-19.

Com a confirmação de 95 novos óbitos nas últimas 24 horas, o Ceará é atualmente o estado onde o índice mais cresceu nesse período. É seguido pelo Pará (67 novas mortes) e pelo Espírito Santo (59).

São Paulo segue a unidade da federação que mais perdeu vítimas desde o início da pandemia, e totaliza 12.634 mortes. Já Rio de Janeiro e Ceará respondem por, respectivamente, 8.933 e 5.618. A aceleração da pandemia se faz notar também em estados como Pará (total de 4.672) e Pernambuco (total de 4.252).

Progressão de óbitos diminuiu em relação a maio

Segundo os números do governo federal, desde o início de junho, foram mais de 8,8 mil mortes contabilizadas pela pasta. O número mostra que houve desaceleração em relação a maio.

Levando em consideração períodos de 22 dias nos dois meses, a progressão do número de óbitos em razão da covid-19 diminuiu. Em maio, o aumento foi de 232%, enquanto em junho esse número subiu 71%.

Ainda de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 483.550 pessoas seguem em acompanhamento, enquanto 571.649 se recuperaram da covid-19.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa desde a semana passada e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.