Bolsonaro defende produção de 4 mi de cloroquina: 'Nada será jogado fora'
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu hoje, durante sua live semanal, a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina pelo Exército, alegando que o medicamento só será vendidas com receita. "Nada será desperdiçado", afirmou, alegando que a cloroquina também é recomendada para outras enfermidades além da covid-19.
"Alguns estavam me criticando, [dizendo] 'ah, o presidente mandou o Exército fabricar comprimidos'. Não é só o Exército. Se cada pessoa toma meia dúzia, com receita médica, dá 700, 800 mil doses. Mas nosso consumo anual da hidroxicloroquina, para malária, lúpus, artrite, é na base de 13 milhões de comprimidos por ano. Nada vai ser jogado fora, tudo vai ser aproveitado de uma forma ou de outra".
Bolsonaro disse que "não é um decreto de prefeito ou governador que vai decidir se você tomou. É o médico".
Ainda sobre o medicamento — que não tem comprovação científica sobre sua eficácia no tratamento contra o coronavírus —, o presidente voltou a afirmar que, por ter "histórico de atleta", não sofreria com a doença. "80% das pessoas não vão sentir nada, uma pequena gripe, nada. Sempre disse que, pela minha vida passada, sempre me cuidei, nunca fui sedentário...", disse.
Tomou cloroquina? "Não"
Bolsonaro começou a live apresentando como convidado o "Seu Manoel", um homem de 100 anos. Bolsonaro disse que o Seu Manoel foi diagnosticado com covid-19 e se curou há 30 ou 40 dias.
Quando o presidente questionou se ele havia sido medicado com a cloroquina, seu assessor avisou que não e disse que o homem tomou azitromicina e ivermectina. Minutos depois, Seu Manoel deixou a transmissão, agradecendo pela participação.
"Não tomou a cloroquina. Então tem outras coisas que dão certo, apesar de não ter comprovação científica. Pode ser coincidência, como no meu caso, eu tomei a hidroxicloroquina."
"Todo mundo que eu fiquei sabendo tomou hidroxicloroquina. Pode ser que um ou outro não tenha tomado", acrescentou Bolsonaro.
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