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Covid: Brasil tem 609 óbitos em 24 h e completa 5 dias de queda em mortes

Paciente com Covid-19 em hospital de campanha no Rio de Janeiro (RJ) - Ricardo Moraes
Paciente com Covid-19 em hospital de campanha no Rio de Janeiro (RJ) Imagem: Ricardo Moraes

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/11/2020 20h01Atualizada em 05/11/2020 20h26

O Brasil completou hoje seu quinto dia consecutivo em queda na média de mortes ao registrar, nas últimas 24 horas, 609 novos óbitos em decorrência da covid-19. Ao todo, 161.779 pessoas morreram por conta do novo coronavírus desde o início da pandemia. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Nos últimos sete dias, foram contabilizadas, em média, 392, o que representa uma queda de -17% na variação de 14 dias atrás.

O número de infectados subiu para 5.614.258 desde o início da pandemia, dos quais 23.317 passaram a constar do balanço oficial dos estados entre ontem e hoje.

Já de acordo com o governo federal, foram 630 novas mortes confirmadas como provocadas pela covid-19 em 24 horas, um total de 161.736 óbitos.

De acordo com o governo federal, 22.294 diagnósticos foram confirmados de ontem para hoje. Ao todo, 5.612.319 pessoas já foram infectadas no país segundo o Ministério da Saúde.

Cinco estados em alta

Treze estados e o Distrito Federal apresentaram queda na variação, ao passo que sete tiveram estabilidade.

Cinco apresentaram alta na média móvel: Ceará (+33%), Pernambuco (+43%), Rio Grande do Norte (+91%), Rondônia (+110%) e Santa Catarina (+61%).

Pelo segundo dia, o estado do Amapá não divulgou dados até às 20 h, por isso não entrou na contagem.

Entre as regiões, Centro-Oeste (-31%), Norte (-26%) e Sudeste (-22%) foram as regiões em queda na variação da média móvel de mortes. As demais tiveram estabilidade: Nordeste (5%) e Sul (-6%)

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-20%)

  • Minas Gerais: queda (-38%)

  • Rio de Janeiro: queda (-16%)

  • São Paulo: queda (-19%)

Região Norte

  • Acre: queda (-29%)

  • Amazonas: queda (-25%)

  • Amapá: queda (-50%) *O estado não divulgou dados até às 20h de hoje, a variação se refere aos números de 3/11

  • Pará: estável (0%)

  • Rondônia: em aceleração (110%)

  • Roraima: queda (-73%)

  • Tocantins: queda (-70%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-18%)

  • Bahia: estável (3%)

  • Ceará: aceleração (33%)

  • Maranhão: estável (5%)

  • Paraíba: estável (-10%)

  • Pernambuco: em aceleração (42%)

  • Piauí: estável (6%)
  • Rio Grande do Norte: em aceleração (91%)

  • Sergipe: estável (-8%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-33%)

  • Goiás: queda (-36%)

  • Mato Grosso: queda (-38%)

  • Mato Grosso do Sul: queda (-20%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-31%)

  • Rio Grande do Sul: estável (-7%)

  • Santa Catarina: em aceleração (81%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.