Com dados atualizados em todos estados, Brasil registra 926 mortes em 24 h
Com a atualização do números de mortos por causa da covid-19 em todos os estados, o Brasil registrou 926 óbitos nas últimas 24 horas. A última vez que o país somou mais de 900 mortes em um dia foi em 23 de setembro. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Desde a semana passada, o país vinha enfrentando problemas com a divulgação de dados da covid-19 por causa de erros na plataforma e-SUS. Os relatos começaram depois que o sistema do Ministério da Saúde foi supostamente invadido. Hoje, todos os estados divulgaram os registros de óbitos.
São Paulo, por exemplo, voltou a informar os números ontem, após cinco dias com dados incompletos. Minas Gerais não atualizou os registros ontem, voltando a informar novos óbitos nesta quinta-feira. O grande número de mortos pode ser reflexo do represamento de dados.
Ao todo, o país já registra 164.332 óbitos por causa da doença desde o início da pandemia. Em todo o país, houve 33.640 novos casos de covid-19 de ontem para hoje. Desde o começo da pandemia, o número de infectados pelo novo coronavírus atingiu 5.783.647.
Foram 365 mortes por dia, em média, na última semana —o que representa queda com a comparação de 14 dias atrás (-16%).
Dados da Saúde
Segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 908 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos provocados pela doença desde o início da pandemia chegou a 164.281.
De ontem para hoje, foram registrados 33.207 novos casos de covid-19, atingindo um total de 5.781.582 diagnósticos positivos desde o começo da pandemia.
No total, 5.256.767 pessoas se recuperaram da doença. Outras 360.534 estão em acompanhamento.
Oito estados em alta
Com o retorno dos números, oito estados apresentaram alta, já que haviam registrado 0 mortes nos últimos dias. Com os números de hoje, a média semanal sofreu um grande aumento em comparação com duas semanas atrás.
Além disso, dez estados apresentaram queda e oito mais Distrito Federal apresentaram estabilidade.
Das regiões, o Sul apresentou aceleração (45%), enquanto Centro-Oeste (-17%) e Sudeste (-35%) tiveram queda. Nordeste (-15%) e Norte (-2%) mantiveram estabilidade.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: em aceleração (16%)
- Minas Gerais: queda (-53%)
- Rio de Janeiro: queda (-46%)
- São Paulo: queda (-25%)
Região Norte
- Acre: em aceleração (43%)
- Amazonas: queda (-27%)
- Amapá: em aceleração (186%)
- Pará: estável (12%)
- Rondônia: estável (-8%)
- Roraima: em aceleração (900%)
- Tocantins: estável (-11%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-18%)
- Bahia: estável (-10%)
- Ceará: queda (-62%)
- Maranhão: em queda (-20%)
- Paraíba: estável (-8%)
- Pernambuco: em aceleração (37%)
- Piauí: estável (-5%)
- Rio Grande do Norte: estável (12%)
- Sergipe: queda (-50%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-10%)
- Goiás: queda (-65%)
- Mato Grosso: em aceleração (78%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-10%)
Região Sul
- Paraná: em aceleração (164%)
- Rio Grande do Sul: queda (-20%)
- Santa Catarina: em aceleração (38%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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