Covid: Brasil bate 6,5 mi de casos; 18 estados têm alta na média de mortes
O Brasil ultrapassou hoje a marca dos 6,5 milhões de casos confirmados de covid-19. Com o registro de 47.435 novos casos da doença de ontem para hoje, o país chegou a um total de 6.534.951 diagnósticos positivos desde o começo da pandemia. O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Segundo a Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o terceiro país no mundo em número de casos de covid-19, atrás apenas dos EUA e da Índia, que registraram 14.218.080 e 9.571.559 infectados, respectivamente, até a tarde desta sexta-feira (4). Hoje, o mundo superou os 65 milhões de casos de coronavírus e 1,5 milhão de mortes.
Nas últimas 24 horas, o país somou 674 novas mortes causadas pela covid-19, segundo o consórcio. Desde o início da pandemia, o número de óbitos provocados pela doença chegou a 175.981.
A média móvel de mortes, calculada com base nas mortes diárias dos últimos sete dias, é de 569 —o que representa uma tendência de alta em relação aos últimos 14 dias. Além da taxa de todo o país, 18 estados também registraram tendência de aceleração na média móvel de mortes (leia mais abaixo).
Dados da Saúde
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Ministério da Saúde, o país registrou 46.884 novos diagnósticos positivos para a doença nas últimas 24 horas, elevando para o 6.533.968 número de infectados desde o começo da pandemia.
De ontem para hoje, o Brasil teve 694 novas mortes provocadas pela doença. Desde o início da pandemia, foram registrados 175.964 óbitos causados pela covid-19.
Ainda de acordo com as informações do governo federal, 5.744.369 pessoas se recuperaram da doença, com outras 613.635 em acompanhamento.
Três regiões apresentaram alta
Os números do consórcio de veículos de imprensa apontam que 18 estados apresentaram tendência de alta na média móvel de mortes. É a primeira vez que tantos estados registram alta na taxa em um mesmo dia, desde julho.
Apenas três estados tiveram queda e outros cinco, além do Distrito Federal, mantiveram a estabilidade do índice.
Entre as regiões, Centro-Oeste (-14%) e Sudeste (10%) apresentaram estabilidade na média de mortes. Já Nordeste (22%), Norte (28%) e Sul (62%) apresentaram aceleração.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (28%)
- Minas Gerais: aceleração (22%)
- Rio de Janeiro: queda (-17%)
- São Paulo: aceleração (25%)
Região Norte
- Acre: aceleração (80%)
- Amazonas: estável (-14%)
- Amapá: aceleração (50%)
- Pará: estabilidade (13%)
- Rondônia: aceleração (260%)
- Roraima: aceleração (21%)
- Tocantins: aceleração (20%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-22%)
- Bahia: estabilidade (-4%)
- Ceará: aceleração (140%)
- Maranhão: aceleração (23%)
- Paraíba: aceleração (22%)
- Pernambuco: estabilidade (14%)
- Piauí: estável (-11%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (106%)
- Sergipe: aceleração (65%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (8%)
- Goiás: queda (-38%)
- Mato Grosso: aceleração (40%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (113%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (82%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (39%)
- Santa Catarina: aceleração (81%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.