Médico americano que se recusava a usar máscara tem registro suspenso
O Conselho Médico do Oregon, estado americano, emitiu uma suspensão de emergência do registro médico de um profissional que propagava informações falsas sobre o uso de máscaras contra a Covid-19 e, inclusive, não usava a proteção. Dessa forma, o médico foi proibido de exercer a medicina no Oregon, a partir de 3 de dezembro. Ele pode recorrer da decisão.
Segundo o Conselho Médico do Oregon, as atitudes do médico suspenso, chamado Steven LaTulippe, vão contra "os princípios básicos de epidemiologia e fisiologia e prejudicam a aceitação — entre seus pacientes e a população em geral — de uma das medidas primárias para diminuir significativamente a transmissão" do coronavírus. LaTulippe tinha licença para exercer a medicina desde o ano 2000.
A decisão de suspender o médico lista seis fatos. Entre eles, que o médico e seus funcionários se recusam a usar máscaras no local do trabalho. Além disso, os profissionais insistem que as pessoas que entram na clínica removam suas máscaras, diz o documento do Conselho Médico do Oregon. Não há desinfetante para as mãos na clínica.
O médico "regularmente diz aos seus pacientes que as máscaras são ineficientes para previnir a propagação da Covid-19 e não devem ser usadas", continua o documento. LaTulippe ainda recomendava que seus pacientes assistissem a um vídeo no YouTube com informações falsas sobre o uso de máscara. O médico teria chegado a dizer aos pacientes usar máscara é "muito perigoso" e que pode contribuir para "múltiplas doenças".
"O desencorajamento ativo do uso de máscara por pacientes e a não utilização de máscara pela equipe e pelo médico representam uma falha em tomar as medidas adequadas para reduzir o risco de transmissão, representando assim um risco desnecessário e evitável para pacientes, funcionários e médico", diz o conselho.
Além disso, a atitude do médico "ativamente promove a transmissão do vírus".
Segundo a NBC News, LaTulippe havia sido gravado em uma manifestação de apoio ao presidente americano Donald Trump, em 7 de novembro, negando fatos científicos sobre o coronavírus: "Eu quero expor o que eu chamo de corona mania".
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