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Secretário diz que Saúde planeja comprar 70 milhões de doses da Pfizer

Secretário-executivo diz que Saúde planeja comprar 70mi de doses da Pfizer -                                 JUSTIN TALLIS / AFP
Secretário-executivo diz que Saúde planeja comprar 70mi de doses da Pfizer Imagem: JUSTIN TALLIS / AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/12/2020 21h36

O Ministério da Saúde avançou nas negociações de compra de 70 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer, informou hoje o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco. Em entrevista à CNN Brasil, o secretário afirmou que a assinatura do memorando de intenção de compra deve acontecer ainda essa semana.

"Nós vamos formalizar essa intenção da compra de 70 milhões de doses da vacina de forma a ter mais uma alternativa para disponibilizar para a população brasileira uma opção de vacina para imunizar nossa população. Já estamos em termos avançados da discussão da parte jurídica e devemos finalizar a assinatura do memorando de intenção ainda essa semana.", disse Élcio.

O secretário afirmou que o ministério está em diálogo com vários laboratórios e que o imunizante da Pfizer será mais uma alternativa de vacina para a população brasileira e não "devemos abrir mão de outras opções".

A intenção é que a compra seja concretizada após o registro da vacina na Anvisa e, então, o imunizante deve ser inserido no plano nacional de imunização.

"Essa é uma opção que foi oportunizada na frente, é a primeira vacina que concluiu os estudos da fase três e vai iniciar os processos de registro.", explicou ele sobre a escolha do memorando do imunizante da Pfizer.

O Reino Unido é o primeiro país a ter recebido doses do laboratório e deve começar a vacinação amanhã. O Brasil ainda não tem acordo com a Pfizer, mas já assinou contrato para adquirir a AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford, e chegou a assinar uma intenção de compra da CoronaVac, mas posteriormente o presidente Jair Bolsonaro anunciou que cancelaria o pedido.

Prazos

Élcio Franco, no entanto, evitou estipular uma data para que as primeiras doses da vacina da Pfizer cheguem em território brasileiro. Segundo ele, o calendário depende da concretização do registro do imunizante na Anvisa e faz parte de um contrato confidencial.

"Aspectos como a quantidade, de cronogramas de entregas e valores fazem parte de um acordo de confidencialidade e não podem ser divulgados.", explicou.

Contra-indicações da vacina da Pfizer

Apesar do avanço dos estudos do imunizante da Pfizer, a agência reguladora do Reino Unido alertou que gestantes e lactantes fazem parte de grupo que não deve tomar a vacina. O secretário explicou que a recomendação é uma questão de segurança.

"Não só essa vacina como todas que temos conhecimento até o momento, nenhuma delas foi testada com gestantes e lactantes. Dessa forma, nós não podemos afirmar com segurança que esse grupo poderia vir a ser imunizado com essa vacina", concluiu o secretário.