Covid: Brasil registra 1.075 novas mortes em 24 h, maior número desde 15/9
O Brasil voltou a registrar mais de mil mortes por covid-19 em um intervalo de 24 horas. De ontem para hoje, foram registrados 1.075 novos óbitos causados pela doença no país. No total, 192.716 pessoas morreram desde o início da pandemia. O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
O país não apresentava um número tão elevado desde 15 de setembro, quando houve 1.090 novas mortes confirmadas. Desde então, os números começaram a diminuir até que em meados de novembro o país voltou a apresentar tendências de altas. Essa é a segunda vez em dezembro na qual há mais de mil novos óbitos em um intervalo de um dia para o outro — foram 1.054 no dia 17.
Com 57.227 testes positivos confirmados de ontem para hoje, o número total de infectados no país chegou a 7.564.117 desde o começo da pandemia.
Foram 633 óbitos em média nos últimos sete dias, o que representa uma estabilidade de -7% na comparação com 14 dias atrás. Esse é o sexto dia consecutivo de estabilidade no Brasil.
Vale ressaltar, no entanto, que os registros de mortes nos fins de semana e feriados tendem a ficar represados devido à redução das equipes nas secretarias de saúde. Com isso, os dados são inseridos nos dias subsequentes, especialmente terças e quartas-feiras.
Dados do Ministério da Saúde
De acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde, o país confirmou 1.111 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, 192.681 pessoas morreram, segundo o governo.
Esta é a maior marca desde 15 de setembro, quando o ministério divulgou 1.113 novos óbitos de um dia para o outro. É a segunda vez neste mês que o Brasil apresenta mais de mil mortes por covid-19 em 24 horas. Antes, em 17 de dezembro, foram 1.092 óbitos registrados, segundo o governo federal.
De ontem para hoje, foram registrados 58.718 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil. O número de infectados subiu para 7.563.551 desde o começo da pandemia.
A pasta também informou que 6.647.538 pessoas se recuperaram da doença, com outras 723.332 em acompanhamento.
Situação nos estados
Três regiões do país também estão com óbitos estáveis: Centro-Oeste (15%), Nordeste (-1%) e Sudeste (-13%). Apenas o Norte (35%) apresentou aceleração, enquanto o Sul teve queda (-17%).
Nos estados, 10 mantém os registros em alta, enquanto seis apresentam queda e 10 mais o DF estão em estabilidade.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (8%)
- Minas Gerais: queda (-16%)
- Rio de Janeiro: queda (-29%)
- São Paulo: estável (-3%)
Região Norte
- Acre: aceleração (57%)
- Amazonas: aceleração (89%)
- Amapá: aceleração (22%)
- Pará: aceleração (44%)
- Rondônia: aceleração (25%)
- Roraima: queda (-94%)
- Tocantins: queda (-39%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (92%)
- Bahia: estável (10%)
- Ceará: queda (-72%)
- Maranhão: estável (9%)
- Paraíba: estável (-13%)
- Pernambuco: estável (10%)
- Piauí: estável (-13%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (23%)
- Sergipe: aceleração (37%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-4%)
- Goiás: estável (-6%)
- Mato Grosso: aceleração (17%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (50%)
Região Sul
- Paraná: queda (-31%)
- Rio Grande do Sul: estável (-11%)
- Santa Catarina: estável (-3%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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