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RO transfere dois pacientes para Cuiabá; mais 15 devem ir hoje para o RS

Ontem, o governo de Rondônia transferiu 15 pacientes para o Paraná; mais hospitalizados devem ir para o MS - Ésio Mendes/Governo de Rondônia
Ontem, o governo de Rondônia transferiu 15 pacientes para o Paraná; mais hospitalizados devem ir para o MS Imagem: Ésio Mendes/Governo de Rondônia

Do UOL, em São Paulo

26/01/2021 13h40

Após conseguir transferir 15 pacientes com o novo coronavírus para Curitiba ontem, a Sesau (Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia) afirmou ter transferido mais dois hospitalizados para Cuiabá na manhã de hoje.

Segundo a pasta, "cerca de 15" pacientes (o número pode mudar até a hora da transferência, segundo a Sesau) devem ser transferidos para Porto Alegre durante a tarde de hoje.

Ainda de acordo com a pasta, mais pacientes serão levados para Curitiba e Cuiabá, e outros serão encaminhados para Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, a cerca de 325 km de Campo Grande.

Questionada pelo UOL sobre quantos pacientes mais serão transferidos e quando isso ocorrerá, a secretaria não forneceu prazos e disse que o manejo de pacientes está sendo feito "conforme regulação".

Colapso e inquérito

Com a explosão de casos de covid-19 e internações pela doença no estado, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), disse que o sistema de saúde da capital entrou em colapso e que RO deve viver "uma situação parecida com a que vimos no Amazonas".

"A situação hoje é muito mais grave do que aquela que tivemos no auge da pandemia, em junho e julho [de 2020]. Hoje, o sistema de saúde de Porto Velho está em colapso, todos os leitos da prefeitura e do governo estão ocupados", disse.

No último domingo (24), o governador de RO, Coronel Marcos Rocha (PSL), anunciou a parceria com o Ministério da Saúde para transferir pacientes para outros estados e disse que o governo federal pode enviar médicos e equipamentos para o estado.

Hoje, o MP-RO (Ministério Público de Rondônia) iniciou um inquérito para apurar o fato de o governo estadual ter incluído leitos clínicos e de UTI inativos em relatórios diários de ocupação de hospitais com pacientes com covid-19 durante os meses de dezembro e janeiro.

O objetivo teria sido o de evitar que, por falta de leitos, o estado fosse obrigado a decretar medidas de isolamento social mais rígidas, segundo o MP. Os dados incluídos nos relatórios se referem a 30 leitos de UTI e 23 clínicos do Hospital de Campanha da Zona Leste, desativado em 14 de outubro.