Fila de quem espera por oxigênio só diminui com morte, diz defensora do AM
A defensora pública do estado do Amazonas, Márcia Mileni, relatou, em entrevista à GloboNews, que no município de Tefé, no Amazonas, há muitos pacientes esperando oxigênio ou transferência para outros lugares, e que a fila de espera só diminui quando alguém morre.
"Infelizmente esse número não vem diminuindo com boas notícias, esse número, quando ele diminui, infelizmente é quando a gente recebe a notícia do falecimento de uma pessoa porque ela está em espera", disse a defensora.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado pelo governo do estado do Amazonas no dia 27 de janeiro, Tefé teve até hoje 5.826 casos de covid-19 confirmados e 125 óbitos pela doença.
Márcia Mileni relembra que a escassez de oxigênio medicinal, que veio agravar a crise de saúde no estado, já está acontecendo há duas semanas. "Nós estamos há duas semanas vivenciando essa crise e é inaceitável que até esse momento, nós ainda não tenhamos segurança no fornecimento de oxigênio nessa cidade", disse.
A defensora, que atua pedindo a transferência para outros hospitais de pacientes que precisam de internação e suporte de oxigênio, mas não encontram em Tefé, fez um apelo: "É urgente olhar para essa situação e exigir realmente respostas claras e planejamento concreto."
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SE-AM) afirmou que "a unidade hospitalar do município está abastecida e recebeu nesta quinta-feira (28/01) 70 cilindros cilindros de oxigênio. O insumo foi transportado até a cidade em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB)."
O comunicado afirma ainda que "o governo do estado está empreendendo todos os esforços, com auxílio do governo federal, para equacionar as dificuldades encontradas na logística de abastecimento de oxigênio", e que "no caso do interior, a logística conta com o envio diário de cilindros de oxigênio com o uso de aviões, helicópteros e lanchas."
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