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Saúde assina contrato para receber 10 milhões de doses da vacina Sputnik V

2.fev.2021 - Vacina contra a covid-19 Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya (Rússia) - Luís Lima Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo
2.fev.2021 - Vacina contra a covid-19 Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya (Rússia) Imagem: Luís Lima Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

12/03/2021 15h33

O Ministério da Saúde assinou hoje um contrato para receber 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya da Rússia e importada pelo laboratório União Química. O imunizante tem 91,6% de eficácia contra casos sintomáticos da covid-19.

O cronograma inicial prevê que 400 mil doses da vacina podem chegar ao Brasil até o fim de abril. Em maio, a expectativa do governo é receber outras 2 milhões de doses e, em junho, 7,6 milhões.

A Sputnik V ainda não tem registro ou autorização de uso emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas representantes da vacina vem se reunindo com o órgão.

De acordo com uma lei federal sancionada no início da pandemia, no ano passado, a Anvisa tem 72 horas para se manifestar se valida ou não o registro de uma vacina contra covid-19 concedida por uma das agências sanitárias nacionais de Estados Unidos, União Europeia, Japão e China —a Sputnik foi aprovada na Rússia e também na Argentina.

Em nota, o Ministério da Saúde ressaltou que aguarda a União Química conseguir liberação de uso da vacina com a Anvisa: "Agora, para que possamos efetivamente aplicar a Sputnik V em nossa população e realizar os pagamentos após cada entrega de doses dessa vacina, só necessitamos que a União Química providencie com a Anvisa, o quanto antes, a autorização para uso emergencial e temporário".

A União Química informou ao governo que pretende fabricar a vacina em São Paulo e no Distrito Federal. A possibilidade será avaliada pela Saúde nas próximas semanas e pode levar a outro acordo comercial.