Governo do ES suspende aulas presenciais e vê '3ª Guerra Mundial'

O Governo do Estado do Espírito Santo decretou a suspensão das aulas presenciais da Educação Infantil, para tentar controlar a pandemia de covid-19. O governador Renato Casagrande (PSB) afirmou que a doença causa uma "3ª guerra mundial" e pediu conciliação nacional para combater o problema.

A suspensão das aulas vale para todas as redes (privada e particular) da Educação Infantil, que atende crianças de 0 a 5 anos. Nenhuma região do estado poderá seguir orientação diferente, mesmo com classificação de risco menos grave.

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As escolas que ofertam a Educação Infantil terão até a próxima quarta-feira (17) para se organizarem. De acordo com o secretário Vitor de Angelo a pandemia da Covid 19 passa por uma fase específica e ainda há o início da fase sazonal de outras doenças respiratórias.

"Não se trata, portanto, de que a escola é vetora ou não da covid-19. Trata-se de uma decisão tomada por dados técnicos que mostram a necessidade dessa restrição, tendo em vista a ocupação dos leitos pediátricos. Portanto, tendo em vista as doenças variáveis somadas a essa informação da ocupação dos leitos pediátricos, que é a mais relevante, se mostra prudente neste momento tomar essa medida", disse ele.

Situação da pandemia no Espírito Santo

No Espírito Santo, a taxa de ocupação dos leitos pediátricos é superior a 90% há duas semanas. O governador Renato Casagrande criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no controle da pandemia e afirmou que o país vive um cenário de guerra.

"O comportamento pessoal do presidente é negacionista e alimentou a base do presidente para que fizesse enfrentamentos. O comportamento do presidente atrapalha muito nosso trabalho. Estamos na 3ª guerra mundial. Temos que buscar todo tipo de conciliação possível", pediu Casagrande em entrevista à Globonews.

O governo dos Espírito Santo está negociando a compra da vacina russa Sputnik V, mas admite que não há evolução neste caso.

"Por enquanto não tem nada de concreto. O que aconteceu até agora: a gente recebeu pessoas ofertando, mas nenhuma vacina concreta os governadores conseguiram adquirir, a não ser o Consórcio Nordeste", esclareceu Casagrande.