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Com longa fila por leitos, Zema diz que cada contaminado pode ser um óbito

Zema disparou: "Quem faz alguma aglomeração, pode ser taxado de assassino" - Divulgação/Governo de Minas Gerais
Zema disparou: "Quem faz alguma aglomeração, pode ser taxado de assassino" Imagem: Divulgação/Governo de Minas Gerais

Colaboração para o UOL

16/03/2021 13h17

Depois de decretar em Minas Gerais a onda roxa, fase mais restritiva do programa Minas Consciente, o governador Romeu Zema (Novo) alertou para a longa fila de atendimento nos hospitais do estado. Segundo ele, cada pessoa contaminada pelo coronavírus pode representar uma morte a mais causada pela doença.

"Agora nós começamos a assistir cenas de terror: pessoas estão clamando por atendimento. Qualquer contaminado a mais, pode ser um óbito a mais, porque o estado não tem mais capacidade de atendimento. Quem faz alguma aglomeração, pode ser taxado de assassino", disparou Zema, em entrevista coletiva.

O governador afirmou ainda que "não tem condição de dar atendimento médico" e por isso não há outra alternativa, a não ser aumentar as restrições. "Não temos vagas nas unidades de saúde. Quer ver as pessoas morrerem nas ruas?".

Zema também reforçou que não tem intenção de reabrir hospital de campanha. O novo secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou que existe uma falta de médicos para ampliar os leitos de atendimento.

"Chegamos no esgotamento de recursos humanos. Nunca se vivenciou uma doença que afetou tanta gente ao mesmo tempo. Nós chegamos no nosso limite. Espaços para abertura de leitos temos, mas não temos o profissional. O papel da sociedade é fundamental para que a gente alivie estes números", declarou Fábio.

De acordo com a última atualização da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, 85,3% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para covid-19 estavam ocupados.

Medidas da Onda Roxa

Suspensão de cirurgias eletivas

Restrição de circulação de pessoas (só poderão sair de casa para atividades essenciais)

Toque de recolher das 20h às 5h e aos finais de semana

Proibição de pessoas sem máscara em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado

Proibição de circulação de pessoas com sintomas de gripe, a menos que estejam indo para consulta médica

Proibição de eventos públicos ou privados

Proibição de reuniões presenciais, inclusive entre parentes que não morem na mesma casa

Implantação de barreiras sanitárias de vigilância

Fechamento de bares e restaurantes (funcionamento apenas por delivery - entrega)