BA e ES: Governadores temem Queiroga submisso e exigem coordenação nacional
Os governadores da Bahia e do Espírito Santos, Rui Costa (PT) e Renato Casagrande (PSB), respectivamente, comentaram hoje sobre a troca de comando do Ministério da Saúde. Os dois manifestaram preocupação em relação ao posicionamento que o novo ministro, Marcelo Queiroga, deve adotar em relação ao presidente Jair Bolsonaro.
"Se ele colocar como tem que se colocar, pode ser que o presidente não aceite por muito tempo", definiu Casagrande em entrevista à GloboNews. Ele também mostrou receio de que Queiroga aja de maneira submissa ao presidente, como o ministro anterior, Eduardo Pazuello. "Se ele se colocar dessa forma, ele também não vai dar nenhuma contribuição para que a gente possa ter uma coordenação nacional", disse.
Na mesma entrevista à GloboNews, Rui Costa também mostrou receio em relação à posição que será adotada pelo novo ministro. "Porque na verdade no fundo no fundo quem é o ministro da Saúde é o próprio presidente da República", definiu o governador.
Os dois mandatários estaduais teceram duras críticas ao negacionismo do presidente da República em relação à pandemia. Rui Costa chamou Bolsonaro de "líder de uma seita" que leva pessoas à morte.
Nesse cenário, Renato Casagrande defendeu que o Congresso Nacional assuma uma postura de coordenação nacional do combate à covid-19. "Acho que ainda o Congresso pode exercer um papel protagonista com relação a essa coordenação nacional, para que o Brasil não fique nessa disputa entre o governo federal e os governadores", afirmou. "Essa ainda é uma postura importante porque nós vamos passar o ano todo discutindo pandemia", completou.
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