Ex-presidente da Anvisa não acredita em imunização coletiva em 2021
O Brasil atingiu ontem a marca de 23.847.792 vacinados contra a covid-19, o que corresponde a 11,6% da população nacional. Avaliando o plano de vacinação no país durante uma entrevista à GloboNews, o ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Gonzalo Vecina, afirmou que não acredita na imunização coletiva em 2021.
"O avanço da vacinação depende apenas da nossa capacidade de entregar as vacinas. Isso está ligado ao funcionamento das farmacêuticas e institutos. Se tivermos uma entrega adequada dos insumos farmacêuticos, se tudo ocorrer bem, em outubro e novembro desse ano vamos chegar lá, com redução do número de casos e imunidade coletiva. Mas não acredito que isso vai acontecer", disse.
Vecina disse que a vacinação de toda a população deve acontecer entre janeiro e fevereiro de 2022, com efeitos que interrompam a alta circulação do vírus e reduzam as internações nos hospitais.
"Acredito que em janeiro ou fevereiro de 2022 essa imunização completa aconteça. Não vejo outra possibilidade. Não vejo chances de termos vacinas o suficiente antes disso. O cenário otimista é para novembro, mas acredito que seja inviável", declarou
Ontem o Brasil registrou a maior média de mortos de toda a pandemia, sendo 3.125 óbitos em 7 dias. De domingo para ontem, 561.543 brasileiros receberam a primeira dose de imunizante. A segunda dose foi aplicada em 339.142 pessoas nas últimas 48 horas.
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