Após cepa indiana, MA recebe 600 mil testes e terá 5% a mais de vacinas
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou hoje a cidade de São Luís para entregar uma remessa de 600 mil testes rápidos contra a covid-19. Essa é uma das ações do governo federal para tentar conter o alastramento da nova cepa indiana do coronavírus, identificada em tripulantes de um navio que chegou à capital maranhense após viagem iniciada na Malásia.
Queiroga também anunciou hoje, logo após desembarcar na capital, que o governo local receberá um incremento de 5% na distribuição de vacinas. Com isso, São Luís e os municípios do entorno terão um acréscimo de aproximadamente 300 mil doses. A decisão foi tomada depois de um pedido do prefeito e do secretário de saúde.
Questionado sobre a estratégia do ministério para tentar impedir que uma terceira onda da covid-19 no país seja engatilhada pela nova cepa, o ministro declarou que a principal aposta continua a ser a vacinação em massa. Além disso, a ampliação da oferta de testagem rápida e as chamadas "medidas não farmacológicas" (como o uso de máscara e o distanciamento social).
"Vamos ampliar o programa de testagem, podendo atingir até 20 milhões de testes rápidos, o teste de antígeno, que tem uma eficácia de diagnosticar o vírus muito semelhante ao RT-PCR, que é o padrão ouro. São até 20 milhões de testes para fazer uma vigilância adequada. E continuar orientando a população quanto às medidas não farmacológicas."
Queiroga evitou usar o termo "barreira sanitária" ao comentar as ações que a Anvisa já vem realizando em portos e aeroportos. No entanto, as medidas de precaução, com testagem e aferição de temperatura, serão intensificadas no Maranhão devido ao risco de contaminação pela cepa indiana. Rodoviárias, rodovias e vias de acesso ao estado também passam a fazer parte do plano.
De acordo com o protocolo, divulgado ontem pelo próprio Ministério da Saúde, equipes farão uma triagem de passageiros em locais com movimentação de pessoas, em uma "busca ativa" para testar viajantes com sintomas e assintomáticos.
O ministro confirmou que ele próprio e sua equipe se submeteriam ao teste ainda hoje, antes de retornar para Brasília. Ele participaria durante a tarde de visitas a um posto de vacinação na capital e ao porto marítimo —local que exige atenção devido ao surgimento da nova cepa.
Queiroga também comentou a avaliação de seu trabalho até o momento à frente da pasta e disse ser necessário estabelecer uma relação de confiança com a população, assim como ocorre entre médico e paciente.
"É por isso que precisamos, primeiro, da confiança. Médicos e seus pacientes têm uma relação baseada na confiança. E o ministro da Saúde, o secretário de Saúde do estado e do município, também. Então, parar de fazer calor e gerar luz. Precisamos de luz no nosso caminho. E hoje a esperança é a vacina. Trabalhamos para ter doses de vacina em uma quantidade suficiente para, de maneira rápida, imunizar a população brasileira."
O ministro negou que tenham ocorrido problemas na relação entre o ministério e o Maranhão, que é governado por Flávio Dino (PCdoB), um dos maiores desafetos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Recentemente, o chefe do governo federal esteve no estado e fez ataques ao adversário.
"Não tem mal-estar nenhum. Com governo nenhum. O governo federal trabalha em parceria com estados e municípios porque o nosso interesse é bem servir o povo brasileiro. Tanto que eu estou aqui hoje."
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