SP quer blitz com a PRF em estradas federais para tentar frear cepa indiana
O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, apresentou hoje ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, uma proposta para instituir controle sanitário nas estradas federais em parceria com a PRF (Polícia Rodoviária Federal). O objetivo seria impedir o alastramento desenfreado da cepa indiana do coronavírus. O primeiro caso de contaminação pela nova variante no Brasil foi registrado no Maranhão.
Queiroga tomou conhecimento da sugestão durante uma reunião virtual, na manhã de hoje, da qual participaram Aparecido, o prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa, técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), entre outros convidados.
"A estratégia da capital é atuar no trânsito de pessoas provenientes do Maranhão, nos aeroportos, rodoviárias e rodovias, em conjunto com o Ministério da Saúde e com a Anvisa, para evitar a circulação da nova variante indiana da covid-19 na capital", informou a Secretaria Municipal de Saúde, em nota.
Se o plano for operacionalizado com o aval do Ministério da Saúde e da PRF, a ideia é promover triagens a partir de blitz sanitárias em estradas sob gestão federal e outros pontos. Alguns locais já foram definidos, como o Terminal Rodoviário do Tietê e as rodovias Fernão Dias e Presidente Dutra.
Policiais rodoviários e agentes de saúde participariam dessa triagem na busca de pessoas sintomáticas, com aferição de temperatura. Os passageiros detectados seriam levados para unidades de urgência da região, onde se submeteriam a testes do tipo RT-PCR. Em caso positivo do exame, os mesmos serão isolados por dez dias, a partir do início dos sintomas.
"Caso a pessoa seja comunicante da infectada, também será isolada e monitorada por 14 dias a partir do último contato", informou a secretaria.
Em entrevista à GloboNews, Edson Aparecido disse que a proposta também inclui a exigência de testes negativos para covid do tipo RT-PCR para passageiros vindos de locais nos quais a variante indiana foi detectada, como o estado de Maranhão e Argentina.
"Nós sugerimos que, sobretudo as pessoas que embarcam em aeroporto, tenham o PCR negativo, que isso seja exigência no embarque das pessoas em direção aos aeroportos de São Paulo", disse.
Segundo o Governo do Maranhão, a cepa indiana foi identificada em tripulantes de um navio proveniente da África do Sul ancorado em São Luis. Um dos pacientes está internado em um hospital para tratamento, mas os demais infectados continuam isolados, em observação, no navio.
Em entrevista à Globo News, o secretário de saúde do estado, Carlos Lula, disse que coordena testes de rastreamento e até o momento nenhuma pessoa que teve contato com os infectados no Brasil apresentou resultado positivo para a doença.
Alertas sonoros nos aeroportos
De acordo com o plano elaborada pela Prefeitura de SP, os aeroportos contariam com mensagens repassadas por meio do sistema de alto-falante como forma de prevenção e contenção da doença. Já as rodovias podem ter uma série de ações educativas.
Até o momento, de acordo com a secretaria, não há qualquer evidência da circulação das cepas indianas no município de São Paulo. Foram identificadas apenas duas variantes: a P1 (de Manaus) e a B.1.1.7 (do Reino Unido).
Queiroga dá sinal verde
De acordo com o secretário Edson Aparecido, o ministro da Saúde viu o plano paulistano com "bons olhos". A declaração foi dada em entrevista à "GloboNews".
Queiroga teria sinalizado intenção de aplicar as ideias em âmbito nacional, em apoio às medidas que a Anvisa já tem colocado em prática desde o início da pandemia.
Ainda segundo Aparecido, em relação ao trabalho conjunto com a PRF, o ministro se comprometeu a colocar a instituição em contato com a Prefeitura de SP.
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