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Pela primeira vez, governo de SP diz que intercâmbio de vacinas é o ideal

Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo, declarou hoje, em entrevista a CNN, que intercambialidade ocorrerá - Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo, declarou hoje, em entrevista a CNN, que intercambialidade ocorrerá Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Do UOL, em São Paulo

02/09/2021 15h15Atualizada em 02/09/2021 18h24

O governo de São Paulo admitiu, pela primeira vez, que o cenário ideal de aplicação da dose de reforço contra a covid-19 — chama de terceira dose — deve ser feito com um imunizante diferente das duas primeiras. A declaração foi feita hoje pelo secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn.

Gorinchteyn esclareceu ainda que "essa intercambialidade ocorrerá", durante uma entrevista à CNN Brasil, na manhã de hoje.

De acordo com o secretário, qualquer um dos imunizantes disponíveis no país e liberados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é capaz de promover o reforço da terceira dose.

O que precisamos é fazer imunização de forma ágil para proteger essas pessoas, principalmente porque já temos no nosso território a variante delta
Jean Gorinchteyn

Sem a segurança de ter mais vacinas circulando no estado, o esquema de intercambialidade acaba não acontecendo como a administração estadual gostaria, segundo o secretário de Saúde.

"Nós temos hoje um repositório de vacinas ainda limitado", disse à CNN.

Exclusão da CoronaVac do PNI

A CoronaVac, produzida em São Paulo pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, foi retirada do plano de dose de reforço pelo Ministério da Saúde.

A decisão não foi bem vista pelo governo de São Paulo e assinala um novo episódio de disputas entre a gestão de João Doria (PSDB) e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Para o secretário de Saúde Jean Gorinchteyn, estudos realizados na China mostram que a terceira dose do imunizante consegue elevar a produção de anticorpos em até 77%.

"Portanto, é uma vacina boa e que deve estar inserida nessa vacinação. Por isso, o governo de São Paulo fará dessa maneira", disse.