Covid: Brasil tem 125 mortes em 24h; média fica abaixo de 400 pelo 6º dia
O Brasil está há quase uma semana com média de mortes por covid-19 inferior a 400. Segundo dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde, foram 325 óbitos diários nos últimos sete dias.
Nas últimas 24 horas, foram registradas 125 mortes pela doença — o menor número desde 08 de novembro de 2020, também um domingo, quando foram registrados 88 óbitos. Historicamente, aos finais de semana, em especial aos domingos, os registros são menores. Mato Grosso do Sul e Tocantins não atualizaram os números hoje.
Ao todo, o país já notificou 603.324 óbitos pela doença. Nas últimas 24 horas, Acre, Amazonas, Amapá, Ceará, Rondônia e Roraima não registraram nenhuma morte em decorrência do coronavírus.
A média móvel é considerado o dado mais confiável para analisar a situação da pandemia. Ele elimina as distorções causadas pelo represamento de dados que ocorre aos finais de semana e feriados — datas em que as secretarias trabalham em esquema de plantão.
Ao todo, os estados notificaram 9.759 novos casos de covid-19 no país. Desde o início da pandemia, em março do ano passado, já foram confirmados 21.642.194 casos da doença.
Com a média de hoje, o país teve uma variação de -35%, queda pelo oitavo dia consecutivo na variação de 14 dias. Onze estados também registraram queda, enquanto outros sete e o Distrito Federal apresentaram estabilidade. Oito registraram alta.
Na metodologia do consórcio, é considerada tendência de queda se a média móvel ficar abaixo de -15%; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.
Das cinco regiões do país, Sudeste (-50%) e Sul (-16%) registraram queda. Os dados ficaram estáveis nas outras três: Centro-Oeste (-6%), Nordeste (8%) e Norte (-1%).
Veja as variações nos estados:
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (36%)
- Minas Gerais: queda (-39%)
- Rio de Janeiro: queda (-49%)
- São Paulo: queda (-61%)
Região Norte
- Acre: estável (0%)
- Amazonas: alta (25%)
- Amapá: queda (-71%)
- Pará: estável (0%)
- Rondônia: estável (-11%)
- Roraima: alta (20%)
- Tocantins: estável (10%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-28%)
- Bahia: alta (26%)
- Ceará: alta (77%)
- Maranhão: queda (-32%)
- Paraíba: alta (19%)
- Pernambuco: queda (-44%)
- Piauí: alta (150%)
- Rio Grande do Norte: alta (100%)
- Sergipe: estável (0%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (4%)
- Goiás: estável (-7%)
- Mato Grosso: queda (-19%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-15%)
Região Sul
- Paraná: queda (-18%)
- Rio Grande do Sul: queda (-17%)
- Santa Catarina: queda (-16%)
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil reportou 130 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 603.282 óbitos em todo o país.
De acordo com o relatório do ministério, houve 5.738 casos confirmados de covid-19 entre ontem e hoje no Brasil, elevando o total de infectados para 21.644.464 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, houve 20.794.497 casos recuperados da doença até o momento no país, com outros 246.685 em acompanhamento.
Idosos morreram mais de covid na rede pública do que na rede privada de SP
Pessoas com 80 anos ou mais que se internaram na rede pública da capital paulista com covid-19 grave tiveram menos chance de sobreviver do que aquelas que buscaram atendimento privado, de acordo com números oficiais do Ministério da Saúde.
As informações constam da base de dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), abastecida com informações enviadas por unidades de saúde de todo país desde o início da pandemia e atualizadas até setembro deste ano.
De acordo com os dados do governo, a cada 100 pessoas dessa faixa etária que se internaram nas unidades estaduais e municipais de saúde da capital, 58 morreram, em média. Nas unidades privadas este número foi mais reduzido: 46.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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