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Covid: Sem dados do RJ, Brasil tem 2º dia de média de mortes abaixo de 250

Brasil se aproxima da marca de 609 mil mortes causadas pela covid-19 em toda a pandemia - Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo
Brasil se aproxima da marca de 609 mil mortes causadas pela covid-19 em toda a pandemia Imagem: Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo

Carolina Marins, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

04/11/2021 19h15Atualizada em 04/11/2021 20h52

Nas últimas 24 horas, foram registradas 411 mortes de covid-19 no Brasil, elevando o total para 608.715 óbitos pela doença. Com isso, a média móvel de mortes ficou abaixo de 250 pelo segundo dia seguido. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

No entanto, o estado do Rio de Janeiro informou ter tido problemas no sistema de registro de casos e mortes e, por isso, não divulgou os dados hoje, o que impacta nos números nacionais.

Em média, 227 pessoas morreram pela doença nos últimos sete dias, o que indica uma tendência de queda de -36% na comparação com 14 dias atrás. O país apresenta tendência de queda há quatro dias.

A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Hoje, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima não registraram nenhuma morte de covid-19.

Com isso, 16 estados e o Distrito Federal tiveram queda na média de mortes, enquanto sete se mantiveram estáveis, excluindo o Rio, que não forneceu dados de hoje. Paraíba e Rio Grande do Norte apresentaram aceleração.

Pelo terceiro dia seguido, todas as regiões tiveram queda: Centro-Oeste (-25%), Nordeste (-34%), Norte (-46%), Sudeste (-36%) e Sul (-41%)

Desde as 20h de ontem, também foram registrados 11.902 novos casos de coronavírus no país —em média, foram 9.443 diagnósticos. Desde o início da pandemia, em março do ano passado, já foram feitos 21.846.577 casos da doença.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-15%)
  • Minas Gerais: queda (-44%)
  • Rio de Janeiro: queda (-56%) * O estado não divulgou dados até as 20h de hoje, portanto, a variação se refere à média móvel de ontem
  • São Paulo: estável (-7%)

Região Norte

  • Acre: queda (-100%)
  • Amazonas: queda (-38%)
  • Amapá: queda (-33%)
  • Pará: queda (-46%)
  • Rondônia: queda (-27%)
  • Roraima: queda (-33%)
  • Tocantins: queda (-59%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-33%)
  • Bahia: queda (-25%)
  • Ceará: queda (-91%)
  • Maranhão: queda (-25%)
  • Paraíba: alta (32%)
  • Pernambuco: estável (0%)
  • Piauí: estável (-13%)
  • Rio Grande do Norte: alta (18%)
  • Sergipe: estável (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-34%)
  • Goiás: estável (-13%)
  • Mato Grosso: queda (-40%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-44%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-67%)
  • Rio Grande do Sul: estável (-5%)
  • Santa Catarina: estável (-15%)

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil registrou 436 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 608.671 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 13.352 casos confirmados de covid-19 entre ontem e hoje no Brasil, elevando o total de infectados para 21.849.137 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 21.047.296 casos recuperados da doença até aqui, com outros 193.170 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.