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O que se sabe sobre a dose de reforço da vacina contra a covid-19

Vacinação contra covid-19 na Galeria Prestes Maia, em São Paulo - RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Vacinação contra covid-19 na Galeria Prestes Maia, em São Paulo Imagem: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Lola Ferreira

Do UOL, no Rio

16/11/2021 13h52Atualizada em 16/11/2021 19h40

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou hoje que toda a população adulta está apta a tomar uma dose de reforço da vacina contra a covid-19. De acordo com a pasta, a terceira dose está disponível para todos que tenham tomado a segunda dose há pelo menos cinco meses.

Calcula-se que cerca de 12,4 milhões de pessoas já cumpram esse requisito no mês de novembro, mas o calendário, entretanto, depende dos estados e municípios. Tire suas dúvidas sobre a vacina aplicada, qual o período de intervalo e como funcionará a aplicação.

Quem pode tomar a dose de reforço?

O Ministério da Saúde afirma que qualquer pessoa com mais de 18 anos que tenha tomado a segunda dose há pelo menos 5 meses está apta a receber mais uma dose de vacina.

Qual vacina será aplicada no reforço?

A prioridade é que a aplicação seja feita de forma heteróloga, ou seja, o reforço será feito com uma vacina diferente da aplicada nas duas primeiras doses, com preferência para a vacina da Pfizer.

Aqueles que tomaram duas vacinas diferentes para completar o esquema até agora receberão também a Pfizer como reforço. Para aqueles que tomaram duas doses da Pfizer, contudo, ainda não há previsão sobre qual será a vacina aplicada no reforço.

Tomei uma vacina de dose única. E agora?

A Janssen passa a ser uma vacina com duas doses. Quem recebeu a primeira dose, deverá tomar uma segunda dose dois meses depois. E cinco meses após essa segunda aplicação, uma dose de reforço poderá ser aplicada. Lembrando: com vacina diferente da Janssen.

De acordo com Queiroga, a pasta tem informações "a respeito desse imunizante da Janssen, que tem tecnologia muito parecida com o da AstraZeneca, [e que] requer a segunda dose". Após a publicação desta reportagem, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que a fabricante da Janssen prevê a "entrega dos estudos sobre a eficácia e segurança da dose reforço da sua vacina até a próxima semana".

A partir de quando a dose de reforço estará disponível?

De acordo com o Ministério da Saúde, doses para completar o reforço já serão distribuídas a partir da próxima semana. Mas não basta a entrega das doses. É preciso aguardar e acompanhar os calendários que serão divulgados pelos estados e municípios, como tem sido feito com a dose de reforço para idosos e profissionais de saúde nos últimos meses.

No fim da tarde, depois da publicação desta reportagem, a Anvisa afirmou que "não foi consultada sobre a ampliação da dose de reforço para todas as pessoas maiores de 18 anos". Com isso, de acordo com a agência, a aplicação não poderá ser iniciada até que as fabricantes enviem dados sobre a dose extra e a Anvisa os aprove para aprovação da dose extra.

Haverá vacina para todos?

Queiroga anunciou que há doses suficientes para garantir o reforço.

  • Em dezembro, 2,9 milhões poderão receber o reforço;
  • Em janeiro de 2022, 12,4 milhões;
  • Em fevereiro, 21,8 milhões;
  • Haverá um pico de 29,6 milhões em março;
  • Em abril, 19,6 milhões de pessoas devem tomar o reforço;
  • E 4,3 milhões em maio.

Como está o cenário das doses de reforço atualmente no Brasil?

O consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte, que monitora os dados de casos, óbitos e números de vacinação contra a covid-19, estima que 12.016.907 pessoas já tomaram a dose de reforço no Brasil. Os dados são compilados a partir de informações das secretarias estaduais de saúde. Até hoje, estavam aptos à vacinação idosos, pessoas imunossuprimidas e profissionais da área da saúde.

E no mundo?

De acordo com o site Our World in Data, que compila dados sobre covid-19 em todos os países e continentes, há cerca de 50 países aplicando a dose de reforço contra a covid 19. Israel lidera a proporção de doses de reforço aplicadas a cada 100 habitantes, com uma taxa de 43,29. No Brasil, este número é de 5,49 doses aplicadas a cada 100 habitantes. Os dados se referem ao acumulado até o dia 14 de novembro.