Mais da metade dos hospitais de SP não têm internações por covid
Lucas Borges Teixeira e Sara Baptista
Do UOL, em São Paulo
17/11/2021 13h57
Mais da metade dos hospitais da rede estadual de São Paulo já não têm mais pacientes internados por covid-19, segundo o governo paulista. O estado está na 22ª semana seguida em queda nos indicadores.
No auge da pandemia de coronavírus, a rede estadual chegou a ter 66 hospitais voltados ou com alas para covid. Hoje, 29 continuam a tratar de pacientes com covid-19 e 37 já se voltaram a outras doenças —o equivalente a 56% da rede.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, a desativação das alas se deu de forma gradual, após a redução de 92% dos internados em relação ao pico da pandemia, em abril.
Como nós avaliamos o número total de internações, internações que somavam UTI [unidade de terapia intensiva] e enfermaria, logo no pico da segunda onda, estávamos com 31 mil pessoas internadas. Hoje, temos 2.700 pessoas internadas."
Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo
"Isso é um sucesso, é um avanço, com queda no número de internações por 22 semanas consecutivas", comemorou Gorinchteyn, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes hoje.
Na última terça (16), São Paulo manteve a média móvel de 77 mortes diárias por covid-19 nos últimos sete dias. O número voltou a crescer na última semana, mas segue mais de dez vezes inferior ao auge da pandemia, em abril, quando ultrapassou 850 mortos por dia.
"A melhoria dos índicadores da pandemia é fruto daquilo que nós sempre defendemos: vacinação", declarou o governador João Doria (PSDB-SP).
Segundo o Vacina Já, o estado já completou o ciclo vacinal de 92% da população adulta e 73% da população total. "Índices superiores a países com a Grã-Bretanha, Alemanha, Itália e a qualquer estado da América do Norte", declarou Doria.
O governo anunciou, na coletiva, que começará a aplicar a dose de reforço da vacina contra covid a todos os adultos do estado a partir de amanhã (18). Estão aptas as pessoas com mais de 18 anos que tomaram a segunda dose há mais de cinco meses.