Secretária diz que plano de vacinação não precisa de autorização da Anvisa
A secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, disse hoje que a pasta não precisa do aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para decidir sobre o intervalo para vacinação e doses adicionais. Segundo ela, as decisões foram apoiadas por uma "equipe técnica composta por especialistas".
Ela ressaltou que a agência tem um papel de autorização no que concerne à segurança dos imunizantes. A estratégia de vacinação, porém, fica "a critério dos órgãos oficiais".
"Nós, como responsáveis pelo Plano Nacional de Operacionalização, não atuamos de forma arbitrária. Temos, inclusive, uma câmara técnica composta por especialistas. Temos uma secretaria de Ciência e Tecnologia, que nos subsidiam a todo momento", disse, em entrevista ao Jornal das Dez, da Globo News.
Segundo Rosana, a decisão anunciada hoje, que inclui todos os adultos para recebimento do reforço da vacina contra a covid-19 após cinco meses da aplicação da segunda dose, foi tomada em consonância como que está sendo feito internacionalmente. Antes, a dose adicional estava liberada apenas para idosos, imunossuprimidos e profissionais de saúde.
Após o anúncio do ministério, a Anvisa emitiu nota de esclarecimento dizendo que "não foi consultada sobre a ampliação da dose de reforço para todas as pessoas maiores de 18 anos". Segundo a agência, responsável por aprovar as vacinas no país, a Pfizer foi o único laboratório com permissão no Brasil que solicitou a mudança no esquema vacinal previsto na bula.
A secretária garantiu que o ministério não "passou por cima" da Anvisa e que continuará a existir a parceria entre a pasta e a agência. Rosana disse ainda que as mudanças sobre os imunizantes são constantes, e que a alteração de agora não infringe normas: "é uma evolução natural".
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