Sem citar Bolsonaro, Moro cobra governo por medidas contra nova variante
Sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro cobrou o governo brasileiro por medidas contra a nova variante, descoberta na África do Sul. Moro e Bolsonaro são virtuais candidatos às eleições do ano que vem.
A confirmação de nova cepa do coronavírus disparou o alerta. Para evitar novos contágios e a paralisação da economia, o Brasil deveria exigir a vacinação para o ingresso de estrangeiros no país, além do PCR. Outros países exigem de brasileiros a vacinação para a entrada no país. Sergio Moro, em seu perfil nas redes sociais
A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou nesta sexta-feira (26) que a nova cepa do SARS-CoV-2, a ômicron, é uma variante de preocupação (VOCs), a quinta classificada dessa forma. Mas essa nova variante surpreendeu os cientistas pelo número oito vezes maior de mutações de outras cepas já classificadas como de preocupação, além da velocidade de contágio.
O órgão máximo da Saúde no mundo aponta que a variante foi detectada a taxas mais rápidas do que os surtos anteriores de infecção.
"Esta variante tem um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes. As evidências preliminares sugerem um risco maior de reinfecção, em comparação com outras variantes", alertou a OMS. "Nas últimas semanas, as infecções na África do Sul aumentaram acentuadamente, coincidindo com a detecção da variante B.1.1.529. A primeira infecção B.1.1.529 confirmada conhecida foi de um espécime coletado em 9 de novembro de 2021."
Ontem, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou que o Brasil fechará, a partir de segunda-feira, as fronteiras aéreas para seis países da África por causa da nova variante do coronavírus. "Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia", escreveu Nogueira.
A restrição afetará os passageiros oriundos de África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
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