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Covid: Com dados instáveis, média de mortes fica abaixo de 200 pelo 11º dia

Neste cenário, a média móvel de mortes ficou hoje em 151. O número está abaixo de 200 há 11 dias seguidos - Eduardo Anizelli/Folhapress
Neste cenário, a média móvel de mortes ficou hoje em 151. O número está abaixo de 200 há 11 dias seguidos Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Ana Paula Bimbati, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

14/12/2021 20h03Atualizada em 14/12/2021 21h15

Com dados ainda instáveis devido ao ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde, o Brasil registrou hoje 141 novas mortes de covid-19. Ao todo, o país acumula 617.121 óbitos, segundo dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

Os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins não atualizaram os números de casos, nem mortes hoje. A Bahia só informou os óbitos. Já São Paulo divulgou números parciais de ambos os indicadores e Pernambuco, números incompletos de casos.

As secretarias de Saúde usam sistemas do SUS (Sistema Único de Saúde) e do Ministério da Saúde para fazer os registros de novos casos, mortes e vacinação e, por isso, muitas unidades da federação não conseguiram informar os dados atualizados.

Diante deste cenário, a média móvel de mortes ficou hoje em 151. O número está abaixo de 200 há 11 dias seguidos.

O índice é calculado usando os dados de óbitos diários dos últimos sete dias. Este número é considerado o mais indicado para medir o avanço da pandemia, uma vez que elimina flutuações que podem ocorrer nos finais de semana e feriados.

Hoje, os estados do Acre, Alagoas e Roraima não registraram nenhuma morte pela covid-19.

Desde as 20h de ontem também foram registrados 5.083 novos casos de coronavírus no país — a média ficou em 5.427 testes positivos. Até hoje foram feitos um total de 22.194.297 diagnósticos da doença.

Entre os estados que estão com os dados atualizados, há 13 em tendência de queda, cinco e o Distrito Federal em estabilidade e três em alta. Todas as regiões do país apresentam tendência de queda — Centro-Oeste (-49%), Sudeste (-42%), Sul (-40%), Norte (-22%) e Nordeste (-24%). Em todo o país, a tendência é de queda, com baixa de 26%.

A variação é feita calculada comparando com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores significa estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-56%)
  • Minas Gerais: estável (-7%)
  • Rio de Janeiro: dados afetados pelo apagão
  • São Paulo: queda (-42%) *divulgação parcial dos dados

Região Norte

  • Acre: estável (0%)
  • Amazonas: queda (-29%)
  • Amapá: queda (-40%)
  • Pará: queda (-28%)
  • Rondônia: dados afetados pelo apagão
  • Roraima: alta (25%)
  • Tocantins: dados afetados pelo apagão

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-21%)
  • Bahia: queda (-18%)
  • Ceará: queda (-18%)
  • Maranhão: estável (0%)
  • Paraíba: queda (-44%)
  • Pernambuco: estável (-4%) *divulgação parcial dos dados
  • Piauí: queda (-25%)
  • Rio Grande do Norte: estável (-5%)
  • Sergipe: alta (25%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-12%)
  • Goiás: dados afetados pelo apagão
  • Mato Grosso: alta (55%)
  • Mato Grosso do Sul: dados afetados pelo apagão

Região Sul

  • Paraná: queda (-51%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-50%)
  • Santa Catarina: queda (-26%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.