Prefeitura do RJ vai aplicar 4ª dose na população geral, diz secretário
O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse à CNN Brasil hoje que a prefeitura vai aplicar a quarta dose da vacina contra covid-19 na população em geral, após um ano da primeira dose de reforço. Ele também informou que pais que não levaram seus filhos para se imunizarem podem ser alvos dos conselhos tutelares.
"Provavelmente vamos fazer uma segunda dose de reforço, que não vai se chamar quarta dose, até por conta da vacina da Janssen [em que a dose de reforço é a segunda aplicação], um ano após a dose de reforço inicial. Os imunossuprimidos já podem tomar o segundo reforço, ou quarta dose, quatro meses após a primeira dose de reforço."
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou hoje que o estado irá aplicar a 4ª dose da vacina contra covid em toda a população, "independentemente de recomendação do Ministério da Saúde", mas não deu prazo. Sem dar muitos detalhes, Doria afirmou que a quarta dose seguirá a cronologia da vacinação.
Baixa adesão à vacinação infantil
Soranz disse que, até o momento, apenas 47% das crianças do Rio de Janeiro foram vacinadas contra a covid-19. Como forma de melhorar esse índice, o secretário informou que, a partir de hoje, 3.500 agentes comunitários vão em busca de crianças não vacinadas, e, amanhã, terá início a vacinação nas escolas. Os responsáveis terão que preencher um formulário autorizando a vacinação.
"A gente espera vacinar, nos próximos 15 dias, aproximadamente 200 mil crianças. É um número bastante expressivo, e a gente tem essas duas estratégias que já utilizamos em outras campanhas de vacinação, e a gente acredita que vão ser exitosas", disse Soranz.
Apesar da confirmação de que responsáveis por essas crianças podem ser acionados em conselhos tutelares, o secretário afirma que a prefeitura continuará não exigindo o passaporte vacinal nas escolas.
"Nas escolas a gente avalia que isso pode ser negativo. A gente não recomenda, e nennhum país do mundo tem essa recomendação de passaporte vacinal nas escolas em grande escala. A gente quer que as crianças vão para lá mesmo não vacinadas. É um ambiente em que elas se alimentam, desenvolvem. A gente entende que é um ambiente de proteção social."
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