'Retorno às aulas não tem a ver com vacinação', defende Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o retorno de crianças e adolescentes às aulas não deve ter nada a ver com a vacinação, durante entrevista ao site "Gazetaweb", em Maceió.
"As vacinas estão disponíveis para que os pais possam levar os seus filhos aos postos e exercerem este direito à vacinação. A posição do Ministério da Saúde, conforme já publicado, é que as vacinas não são obrigatórias. Os pais e responsáveis devem decidir se vacinam ou não os seus filhos aqui", disse ele.
"Esses partidos de esquerda que não arranjaram vacina para nenhum brasileiro, sendo todas elas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. No nosso entendimento, o retorno às aulas não têm relação com a vacinação, inclusive é a posição da Unicef, ONU, Organização Mundial de Saúde (OMS)", completou.
No ano passado, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) atualizou suas recomendações para prevenir a covid-19 no retorno às aulas presenciais e destacou, na ocasião, que a vacinação deve ser uma das medidas buscadas para aumentar a segurança nas escolas em meio à pandemia.
Elaborado por um grupo de trabalho coordenado pela vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, documento divulgado hoje avalia que "a implementação da vacinação para adolescentes pode reduzir significativamente o fechamento prolongado de turmas, escolas e interrupções de aprendizagem e lentamente permitir o relaxamento das medidas de proteção na escola", diz o texto.
Para os pesquisadores, "não há razão para acreditar que as vacinas não devam ser igualmente protetoras contra a covid-19 em adolescentes como são em adultos e em conjunto com as medidas de distanciamento e uso de máscaras propiciem um retorno às aulas ainda mais seguro".
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