Covid-19: média móvel de mortes completa duas semanas acima de 800
A média móvel de mortes provocadas pela covid-19 completou duas semanas acima de 800 registros. Hoje o índice ficou em 826. Nas últimas 24 horas foram registradas 333 mortes em razão da doença.
O número de óbitos, bem mais baixo que o registrado nos últimos dias, pode estar relacionado ao represamento de informações, que acontece normalmente nos finais de semana. Além disso, o Amapá não divulgou os números de mortes no estado. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
A média móvel, calculada a partir da média de mortes dos últimos sete dias, é apontada por especialistas como o índice mais confiável para observar o avanço ou retrocesso da pandemia.
Desde o início da pandemia no Brasil, foram 644.695 vidas perdidas em decorrência da doença no país.
No país, a tendência é de estabilidade (0%). O Distrito Federal e mais 12 estados estão estáveis, enquanto 10 estados estão em aceleração e 4 estão em queda.
Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.
Pelo segundo dia consecutivo, todas as regiões do país estão em estabilidade: Centro-Oeste (-1%), Nordeste (3%), Norte (-1%), Sudeste (11%) e Sul (-4%).
Nas últimas 24 horas, houve 43.001 novos casos conhecidos da doença, chegando 28.250.591 registros desde o início da pandemia no país.
A média móvel de casos conhecidos da doença ficou em 101.351 e está em tendência de queda há 12 dias (-38%).
Apenas Mato Grosso do Sul apresenta aceleração na média móvel de casos de infecções, com 28% — 20 estados e mais o Distrito Federal estão em queda e outros 5 estão estáveis
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estabilidade (7%)
- Minas Gerais: estabilidade (-1%)
- Rio de Janeiro: alta (20%)
- São Paulo: estabilidade (-12%)
Região Norte
- Acre: alta (18%)
- Amazonas: queda (-61%)
- Amapá: alta (36%)
- Pará: alta (18%)
- Rondônia: estabilidade (-7%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: alta (100%)
- Bahia: alta (31%)
- Ceará: estabilidade (10%)
- Maranhão: alta (46%)
- Paraíba: queda (-30%)
- Pernambuco: alta (41%)
- Piauí: queda (-31%)
- Rio Grande do Norte: estabilidade (1%)
- Sergipe: alta (16%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estabilidade (14%)
- Goiás: estabilidade (8%)
- Mato Grosso: queda (-32%)
- Mato Grosso do Sul: estabilidade (14%)
Região Sul
- Paraná: alta (17%)
- Rio Grande do Sul: estabilidade (-3%)
- Santa Catarina: estabilidade (-10%)
Dados do governo
Nas últimas 24 horas, foram notificadas 318 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil, como ilustra o boletim divulgado hoje (21) pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 644.604 óbitos em todo o país.
Pelos números informados pelo ministério, houve 37.339 testes positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no país, elevando o total de infectados para 28.245.551 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, houve 25.244.026 casos recuperados de covid-19 no Brasil até o momento, com outros 2.356.921 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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