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Fake news têm dificultado vacinação infantil, diz coordenadora de SP

Regiane de Paula: "É fundamental que os pais tenham a certeza de que a vacina é segura e eficaz" - Divulgação/Governo do estado de São Paulo
Regiane de Paula: 'É fundamental que os pais tenham a certeza de que a vacina é segura e eficaz' Imagem: Divulgação/Governo do estado de São Paulo

Do UOL, em São Paulo

23/02/2022 11h12Atualizada em 23/02/2022 12h51

Coordenadora do PEI (Programa Estadual de Imunização) em São Paulo, Regiane de Paula, disse, em entrevista ao "Bom Dia São Paulo", da TV Globo, que as fake news têm sido a principal dificuldade para imunizar o público infantil contra a covid-19.

Dados obtidos pelo telejornal via LAI (Lei de Acesso à Informação) mostram que entre 26 de fevereiro de 2020 e 5 de fevereiro deste ano 6.224 crianças foram internadas com covid-19 no estado.

"A resistência está na fake news e todo tempo a gente tem que combater essas fake news. Os dados corroboram e muito o quanto é importante vacinar essas crianças de 5 a 11 anos e também, se possível, a aprovação de uma vacina de 3 a 5 anos. Nesse momento a gente precisa intensificar todas as ações, é fundamental combater as fake news e que os pais tenham a certeza de que a vacina é segura e eficaz", disse Regiane.

Segundo dados do "Vacinômetro", atualizados hoje de manhã, 2.747.265 doses de vacinas foram aplicadas em crianças no estado — 65,12% de crianças entre 5 e 11 anos tomaram a primeira dose e 3,53% estão com o esquema vacinal completo.

Regiane ressaltou a iniciativa da "Semana E", de vacinação nas escolas. "É uma forma de acolher, a escola é extremamente acolhedora e facilita aos pais. Um termo de consentimento permite que as vacinas sejam feitas nas escolas", explicou.

Ela espera que o movimento traga efeitos na cobertura vacinal e ajude a desmistificar as fake news.

No Brasil, o público infantil de 5 a 11 anos começou a ser vacinado em janeiro. As crianças são imunizadas com vacinas da Pfizer e da CoronaVac - nesse caso, disponível para aquelas que tenham a partir de 6 anos e que não sejam imunossuprimidas.