Anvisa aprova segundo autoteste para covid-19 no Brasil
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou hoje o segundo autoteste para detectar covid-19 no Brasil. O "Autoteste COVID Ag Detect", da empresa Eco Diagnostica Ltda, será fabricado em solo nacional.
Segundo a Anvisa, o autoteste foi desenvolvido para coleta de amostra por swab nasal não profundo com resultado após 15 minutos. Procurada pelo UOL, a Eco Diagnostica informou que a expectativa é de que o autoteste seja liberado para venda em até 10 dias.
"O produto tem sua produção iniciada hoje na fábrica em Corinto-MG. Todos os insumos necessários para o autoteste já se encontram na indústria", diz a Eco Diagnostica. "Após o carnaval, no início de março, os produtos serão entregues as farmácias."
A Anvisa diz que o produto atendeu aos critérios técnicos definidos e seu desempenho foi aprovado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde. O autoteste foi avaliado e liberado em 22 dias.
Para analisar o pedido de registro, a Anvisa avalia uma série de requisitos técnicos, entre os quais estão a usabilidade e o gerenciamento de risco. Estes dois critérios são centrais para um autoteste e servem para adequar o produto ao uso por pessoas leigas, garantindo maior segurança.
Trecho de nota divulgada pela Anvisa
Outros pedidos de liberação de autoteste para covid-19 estão sendo priorizados, ressaltou a Anvisa. Há duas semanas, pelo menos 30 autotestes estavam na fila de avaliação.
Em conjunto, o Ministério da Saúde e a Anvisa definiram que o autoteste terá como público-alvo "qualquer indivíduo sintomático ou assintomático, independentemente de seu estado vacinal, que tenha interesse e discernimento para realizar a autotestagem".
Como funciona o autoteste
Basicamente, o autoteste é similar ao de antígenos, técnica utilizada nos testes rápidos. Ele utiliza o chamado método imunocromatográfico, que indica a presença ou não de um antígeno por meio de cor.
O seu formato é similar ao de um dispositivo de testagem para gravidez. Consiste em um invólucro plástico, dentro do qual há uma fita com anticorpos contra a proteína "N" do nucleocapsídeo viral do SARS-CoV-2 imobilizados, combinados com a substância ouro coloidal.
Paralelamente, há um recipiente dentro do qual há um reagente líquido. Sua função é quebrar as partículas virais e, com isso, expor um fragmento de proteína típico dos vírus.
O que a pessoa a ser testada tem que fazer é esfregar uma haste com algodão em sua mucosa nasal — em geral não precisa ir fundo como em um teste PCR — e, em seguida, mergulhar essa haste dentro do recipiente com o reagente, pressionando contra o fundo.
Feito isso, deve-se fechar o frasco com reagente, agitar e colocar gotas dele em uma área específica do dispositivo que mostrará o resultado.
A partir daí, esse líquido entrará nesse dispositivo e fará contato com a fita contendo os anticorpos imobilizados. A primeira marca que aparece é a indicada pela letra "C", que funciona como controle de qualidade para garantir que há amostra suficiente para a análise.
Uma vez que haja a presença da proteína viral, os anticorpos da fita reagirão. Como eles estão marcados com ouro coloidal, aparecerá uma listra onde há a letra "T".
Há três resultados, portanto, para o teste.
- Caso apareça apenas uma listra na letra "C", é sinal de que você não está infectado -- ou possui uma carga viral baixa demais para o teste detectar.
- Se aparecerem duas listras, é sinal de que você está infectado.
- Se não aparecer nenhuma, ou apenas o "T" ficar marcado, é provável que o teste tenha sido feito de forma incorreta. Aí não tem jeito: tem que usar um novo kit de testagem.
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